Publicado 08/06/2021 13:41 | Atualizado 08/06/2021 13:41
Brasília - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a defender o uso de vacinas desenvolvidas e produzidas em território nacional como a saída de longo prazo para a crise sanitária causada pelo novo coronavírus. À CPI da Covid no Senado, Queiroga destacou nesta terça-feira (8) que o Brasil "deve apostar no futuro em vacina nacional".
Durante sua fala à Comissão Parlamentar de Inquérito, Queiroga afirmou que já existem conversas pelo ministério para a compra de vacinas para nova rodada de imunização. "Minha opinião pessoal é de que precisaremos (de vacinação regular)", defendeu.
Queiroga relatou que conversou na segunda-feira (7) com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e disse ter sugerido que o instituto, hoje responsável pela maioria das doses aplicadas no Brasil, ao invés de produzir 30 milhões de vacinas da Coronavac, imunizante contra a covid-19 produzido a partir de insumos chineses, fizesse a opção por 30 milhões de doses da Butanvac, vacina candidata contra a covid-19 desenvolvida no Brasil e que aguarda liberação da agência reguladora para início dos testes clínicos. De acordo com o ministro, a pasta já recebeu proposta do Butantan para o fornecimento da Butanvac.
"Estive com o doutor Dimas Covas do Instituto Butantan, visitei as instalações, vi as pesquisas que estão sendo feitas com a vacina Butanvac. Acho que é uma excelente alternativa para o nosso programa nacional de imunização", afirmou Queiroga. "A Coronavac é uma vacina de uso emergencial. Já temos a AstraZeneca sendo produzida aqui no Brasil em volume (maior) a partir do último trimestre deste ano. Penso que a gente deveria apostar no futuro, em uma vacina nacional", destacou.
Segundo o ministro, a pasta não deve fazer contratações adicionais da Coronavac por haver no Brasil disponibilidade "suficiente" de outras doses, porém reforçou que pode considerar comprar mais doses do imunizante. Queiroga também disse que apesar do ministério entender "que a Coronavac é uma boa vacina, já surgem questionamentos acerca da sua efetividade".
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