Publicado 15/06/2021 11:25 | Atualizado 15/06/2021 11:29
Em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira, 15, o ex-secretário de Saúde do Estado do Amazonas Marcellus Campêlo relatou que a empresa fornecedora de oxigênio White Martins chegou a pedir que o Estado paralisasse momentaneamente a ativação de mais leitos de UTI até que a companhia pudesse ampliar o fornecimento do oxigênio. A conversa, segundo ele, ocorreu no dia 7 de janeiro.
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"Estavam preocupados com aumento de consumo e precisariam fazer uma programação do fornecimento. Então a White Martins pediu que não ativássemos mais nenhum leito de UTI até o sinal da empresa que poderia ter segurança para a ampliação do fornecimento de oxigênio, e assim fizemos, ativar somente na anuência da empresa com segurança. Aí nesse dia informamos que tínhamos capacidade de aumentar em 150 leitos", disse ele.
O ex-secretário foi então questionado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), de como o Estado poderia ter parado de ativar leitos em razão do pedido de uma empresa privada. Campêlo respondeu que a paralisação não foi necessária porque, no mesmo dia (uma quinta-feira), a White Martins apresentou uma programação de fornecimento de oxigênio, em que novas cargas no insumo começariam a chegar no sábado.
Por sua vez, num terceiro contato da empresa com o ex-secretário no dia 7, a White Martins também pediu apoio do governo estadual para realizar uma requisição administrativa, porque estava enfrentando dificuldades para comprar um estoque de 20 mil metros cúbicos de oxigênio disponíveis em uma outra empresa, a Carbox. "Consultei o setor jurídico (do governo) e foi orientado que White Martins formalizasse pedido para fazermos esse processo", disse Campêlo.
Tratamento precoce
Durante a fala inicial à CPI, o ex-secretário também relembrou que, no dia 31 de dezembro, diante da alta de casos, o governo estadual enviou ofício ao Ministério da Saúde pedindo a presença da Força Nacional no Amazonas. Campêlo destacou também a viagem da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que chegou em Manaus no dia 4 de janeiro. Segundo o ex-secretário, a "ênfase" da visita de Mayra foi no chamado tratamento precoce da covid-19, composto por medicamentos sem eficácia comprovada, como cloroquina.
O ex-secretário foi então questionado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), de como o Estado poderia ter parado de ativar leitos em razão do pedido de uma empresa privada. Campêlo respondeu que a paralisação não foi necessária porque, no mesmo dia (uma quinta-feira), a White Martins apresentou uma programação de fornecimento de oxigênio, em que novas cargas no insumo começariam a chegar no sábado.
Por sua vez, num terceiro contato da empresa com o ex-secretário no dia 7, a White Martins também pediu apoio do governo estadual para realizar uma requisição administrativa, porque estava enfrentando dificuldades para comprar um estoque de 20 mil metros cúbicos de oxigênio disponíveis em uma outra empresa, a Carbox. "Consultei o setor jurídico (do governo) e foi orientado que White Martins formalizasse pedido para fazermos esse processo", disse Campêlo.
Tratamento precoce
Durante a fala inicial à CPI, o ex-secretário também relembrou que, no dia 31 de dezembro, diante da alta de casos, o governo estadual enviou ofício ao Ministério da Saúde pedindo a presença da Força Nacional no Amazonas. Campêlo destacou também a viagem da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que chegou em Manaus no dia 4 de janeiro. Segundo o ex-secretário, a "ênfase" da visita de Mayra foi no chamado tratamento precoce da covid-19, composto por medicamentos sem eficácia comprovada, como cloroquina.
"E vimos uma ênfase da Dr. Mayra em relação ao tratamento precoce e disponibilização, relatando novo sistema que poderia ser usado e seria apresentado, o TrateCov. Viagem dela se deu com mais ênfase na atenção primária, para trabalhar com as prefeituras", relatou ele.
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