Publicado 19/06/2021 20:30 | Atualizado 19/06/2021 23:12
Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado em manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Mais de 50 cidades em todos os 26 estados e no Distrito Federal registraram atos contra o chefe do Executivo e, coincidentemente, neste sábado o país chega a 500 mil mortos por covid-19. Em São Paulo, palco da maior manifestação contra o presidente, uma das principais avenidas do país estava tomada.
Organizados por movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos de oposição, os atos pediram o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, a retomada do auxílio emergencial de R$ 600 e a vacinação em massa contra o novo coronavírus. Eles protestam de forma pacífica contra o presidente.
Segundo os organizadores, foram 427 atos no Brasil e em outros 17 países com cerca de 750 mil pessoas. Não há registros oficiais que confirmem os locais nem o número de participantes em cada um deles.
Em São Paulo, por volta das 15h, manifestantes fechavam a Avenida Paulista, no sentido Consolação. O vão livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP) foi protegido por grades, o que provocava pequenas aglomerações ao redor do carro de som estacionado em frente ao MASP.
A maior parte dos manifestantes usava máscara e tentava atender às recomendações para manter o distanciamento. Uma barraca foi montada na Avenida Paulista para doação de máscaras e distribuição de cartilhas informativas com recomendações para mitigar o risco de transmissão do coronavírus.
O protesto ganhou adesão de novos grupos em relação ao último ato, como o PT e a Central Única de Trabalhadores (CUT), que passaram a atuar de maneira explícita na mobilização. Embora tenha apoio de diversos movimentos, de frentes suprapartidárias a grupos de defesa de direitos LGBTQI+, um grupo exibia mensagens em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "volta Lula".
Em São Paulo, por volta das 15h, manifestantes fechavam a Avenida Paulista, no sentido Consolação. O vão livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP) foi protegido por grades, o que provocava pequenas aglomerações ao redor do carro de som estacionado em frente ao MASP.
A maior parte dos manifestantes usava máscara e tentava atender às recomendações para manter o distanciamento. Uma barraca foi montada na Avenida Paulista para doação de máscaras e distribuição de cartilhas informativas com recomendações para mitigar o risco de transmissão do coronavírus.
O protesto ganhou adesão de novos grupos em relação ao último ato, como o PT e a Central Única de Trabalhadores (CUT), que passaram a atuar de maneira explícita na mobilização. Embora tenha apoio de diversos movimentos, de frentes suprapartidárias a grupos de defesa de direitos LGBTQI+, um grupo exibia mensagens em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "volta Lula".
Líder em pesquisas de intenção de voto para a corrida presidencial em 2022, o petista cogitou participar pessoalmente do protesto em São Paulo, mas foi desaconselhado por aliados com receio de provocar mais aglomerações e dar caráter eleitoral às manifestações.
Um grupo de ciclistas se juntou ao movimento e foi aplaudido ao chegar ao lado do carro de som. "Muito melhor do que a motociata do Bolsonaro é a nossa bicicleciata", dizia um dos organizadores do protesto, do alto do carro de som. "Não vamos sair da rua enquanto Bolsonaro não sair do poder", afirmou uma militante, ao microfone, antes de o protesto entoar o grito "Fora Bolsonaro".
Um grupo de ciclistas se juntou ao movimento e foi aplaudido ao chegar ao lado do carro de som. "Muito melhor do que a motociata do Bolsonaro é a nossa bicicleciata", dizia um dos organizadores do protesto, do alto do carro de som. "Não vamos sair da rua enquanto Bolsonaro não sair do poder", afirmou uma militante, ao microfone, antes de o protesto entoar o grito "Fora Bolsonaro".
"Sabemos do risco da pandemia, mas nós tomamos todo o cuidado do mundo, hoje eu vim com duas máscaras, e fazemos isso porque temos de sacudir o Brasil", discursou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP). O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) também falou aos manifestantes. Lamentou as mortes e alertou para a possibilidade do descontrole da pandemia continuar. "Só um impeachment vai salvar a democracia."
Segundo colocado na disputa pela Prefeitura de São Paulo ano passado, Guilherme Boulos (PSOL) disse que a manifestação ocorria "em homenagem e em solidariedade" aos 500 mil mortos e que o País "não vai esperar sentado até 2022".
Segundo colocado na disputa pela Prefeitura de São Paulo ano passado, Guilherme Boulos (PSOL) disse que a manifestação ocorria "em homenagem e em solidariedade" aos 500 mil mortos e que o País "não vai esperar sentado até 2022".
Capitais
No Rio, milhares de manifestantes percorreram a Avenida Presidente Vargas, no centro, até a Igreja da Candelária, com faixas pedindo vacina e impeachment. O ato teve a presença do cantor Chico Buarque e do pastor Henrique Vieira, da Igreja Batista do Caminho, que lidera um movimento de evangélicos contra Bolsonaro.
Palco de tumultos em que dois homens foram atingidos por disparos de balas de borracha da PM, no ato do dia 29, Recife teve protestos mais tranquilos ontem e menores, em função da chuva. Já em Belo Horizonte, o protesto ganhou força. As ruas ficaram mais cheias, e o ato durou toda a tarde, sendo acompanhado de uma carreata.
Em Salvador, centrais sindicais e movimentos estudantis formaram a linha de frente do ato, que tomou o centro para cobrar "vacina, comida e emprego". Mesmo com forte chuva, manifestantes estiveram na Praça Santos Andrade, em Curitiba, para criticar e pedir a saída do presidente da República.
Atos foram registrados também no exterior, como em Berlim, Londres, Dublin, Viena, Zurique e Lisboa.
*Com informações do Estadão Conteúdo
No Rio, milhares de manifestantes percorreram a Avenida Presidente Vargas, no centro, até a Igreja da Candelária, com faixas pedindo vacina e impeachment. O ato teve a presença do cantor Chico Buarque e do pastor Henrique Vieira, da Igreja Batista do Caminho, que lidera um movimento de evangélicos contra Bolsonaro.
Palco de tumultos em que dois homens foram atingidos por disparos de balas de borracha da PM, no ato do dia 29, Recife teve protestos mais tranquilos ontem e menores, em função da chuva. Já em Belo Horizonte, o protesto ganhou força. As ruas ficaram mais cheias, e o ato durou toda a tarde, sendo acompanhado de uma carreata.
Em Salvador, centrais sindicais e movimentos estudantis formaram a linha de frente do ato, que tomou o centro para cobrar "vacina, comida e emprego". Mesmo com forte chuva, manifestantes estiveram na Praça Santos Andrade, em Curitiba, para criticar e pedir a saída do presidente da República.
Atos foram registrados também no exterior, como em Berlim, Londres, Dublin, Viena, Zurique e Lisboa.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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