Movimentos sindicais em frente ao Congresso.Reprodução | Redes Sociais

Por AFP
Rio - Os movimentos sociais convocaram para este sábado um novo dia de protestos contra o presidente Jair Bolsonaro por sua gestão da pandemia, que já deixou quase meio milhão de mortos no país. Sob o lema "#ForaBolsonaro", a jornada pretende manter ativa e ampliar a mobilização de 29 de maio, a primeira de grande dimensão desde o começo da crise do novo coronavírus. Estão previstas passeatas em mais de 300 cidades, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Também houve chamados por concentrações de brasileiros em países europeus, nos Estados Unidos e no Canadá.
"Passeatas, tuitaços, atos simbólicos e caravanas irão acontecer durante todo o dia no Brasil e no exterior", afirmam os organizadores, que pedem atenção ao distanciamento social. Os atos foram convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, formadas por organizações sociais e sindicais e apoiadas por partidos e líderes políticos, entre eles o ex-presidente Lula.
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O foco será na pandemia, mas também haverá críticas às privatizações, cortes na educação pública, ao racismo e ao desmatamento na Amazônia, que cresceu desde a chegada de Bolsonaro ao poder, em 2019. Grupos indígenas acampados há dias em Brasília contra o projeto de lei que busca regular a mineração em suas reservas irão se unir à manifestação.
Lula, que, segundo as pesquisas, derrotaria Bolsonaro nas eleições de 2022, disse que ainda não sabe se participará da manifestação: "Não quero transformar um ato político em um ato eleitoral. Não quero os meios de comunicação explorando isso como o Lula se apropriando de uma manifestação convocada pela sociedade brasileira."
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O país registra uma média de 2 mil mortes por dia causadas pela Covid-19.