Publicado 25/06/2021 16:04 | Atualizado 25/06/2021 16:05
Em sua fala inicial na Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI), o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda. Junto com o irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), eles denunciaram possíveis irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal.
"Meu cargo não é indicação política. Não sou filiado a nenhum partido. Meu partido é o SUS. Minha função é trabalhar para que os insumos e vacinas cheguem de maneira mais rápida e possível ao braço dos brasileiros. Realizando todo a parte de importação e desembaraço o mais rápido possível", afirmou o servidor.
Luis Ricardo Miranda é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Ele relatou ao Ministério Público Federal e à imprensa ter recebido pressões para acelerar o processo de compra da Covaxin, da empresa indiana Bharat Biotech. A negociação está sob suspeita em razão do valor unitário das vacinas, considerado elevado, em torno de R$ 80, e da participação de uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos. Em entrevista ao jornalO Globo, Luis Ricardo disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas. O governo nega qualquer irregularidade.
O requerimento convocando os depoentes foi do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Renan e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), relataram preocupação com a segurança dos depoentes. Aziz solicitou à Polícia Federal proteção para os irmãos. Em pronunciamento na quarta-feira (23), Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, atacou o deputado e anunciou processo administrativo disciplinar contra o servidor.
"Meu partido é o SUS", diz Luis Ricardo na CPI.
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