Reverendo Amilton Gomes de Paula Reprodução Linkedin
Publicado 03/08/2021 09:53
Rio - Após duas semanas de recesso parlamentar, a CPI da Covid retoma as atividades no Senado Federal na manhã desta terça-feira, 03. A segunda etapa da comissão vai aprofundar as investigações sobre negociações de vacinas envolvendo intermediários sem o aval de fabricantes estrangeiros. Entre os depoimentos cruciais para o avanço das apurações está o do reverendo Amilton Gomes, que fala nesta terça à comissão, e teria exercido papel fundamental em uma negociação paralela para compra de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca.
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Fundador da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), uma associação evangélica privada, Gomes entrou na mira da CPI após ter sido apontado pelo Policial Militar Luiz Paulo Dominguetti como intermediador entre o governo federal e as empresas que ofereciam vacinas à pasta.
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Suposto representante da empresa americana Davati Medical Supply, Dominguetti disse à CPI da Covid que procurou o Ministério da Saúde para oferecer as 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca e que o ex-diretor de logística da pasta Roberto Ferreira Dias teria exigido US$ 1 de propina para cada dose de vacina negociada. Após o encontro, Dominguetti teria procurado a Senah para ajudar a viabilizar o negócio com a Pasta.

Nas mensagens de Dominguetti, que teve o celular apreendido pela CPI, três pessoas supostamente ligadas ao reverendo dizem que Gomes se reuniu com Bolsonaro em 15 de março, o que não foi confirmado por nenhum dos envolvidos.

“Ontem falei com quem manda! Tudo certo! Estão fazendo uma corrida compliance da informação da grande quantidade de vacinas!”, declarou Amilton Gomes em uma das mensagens a Dominguetti. Procurado pelo Globo, na época, Gomes negou o encontro.
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