Publicado 03/08/2021 15:05 | Atualizado 03/08/2021 16:20
Brasília - O reverendo Amilton Gomes de Paula, que presta depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta terça-feira, 3, negou conhecer pessoas que integram o governo federal, ou ser próximo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Contudo, o reverendo foi apontado como "intermediador" entre o governo e empresas que ofertam vacinas contra covid-19.
Afirmando não ter proximidade prévia com o governo, Amilton declarou não se lembrar de registro fotográfico com alguém próximo do chefe do Executivo. Mas não descartou a existência de registros. "Eu devo ter fotos, em eventos, coquetel."
A declaração, contudo, foi contestada pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que apontou que, em outubro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro deveria ter comparecido à inauguração da Embaixada Humanitária pela Paz, que pertence ao reverendo, demonstrando que já havia uma proximidade entre o depoente e o chefe do Executivo. Na ocasião, Bolsonaro não pode comparecer ao evento organizado por Amilton pois havia partido para uma viagem ao exterior, conforme informa a Agência Pública.
Amilton admitiu ter participado da campanha de Bolsonaro à presidência, mas negou encontro com o chefe do Executivo. O presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), também não comprou a versão de pastor sobre sua falta de proximidade com o governo, classificando sua resposta como "inacreditável". "Me desculpe reverendo, mas não dá para acreditar nisso. é muito furada essa história."
Afirmando não ter proximidade prévia com o governo, Amilton declarou não se lembrar de registro fotográfico com alguém próximo do chefe do Executivo. Mas não descartou a existência de registros. "Eu devo ter fotos, em eventos, coquetel."
A declaração, contudo, foi contestada pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que apontou que, em outubro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro deveria ter comparecido à inauguração da Embaixada Humanitária pela Paz, que pertence ao reverendo, demonstrando que já havia uma proximidade entre o depoente e o chefe do Executivo. Na ocasião, Bolsonaro não pode comparecer ao evento organizado por Amilton pois havia partido para uma viagem ao exterior, conforme informa a Agência Pública.
Amilton admitiu ter participado da campanha de Bolsonaro à presidência, mas negou encontro com o chefe do Executivo. O presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), também não comprou a versão de pastor sobre sua falta de proximidade com o governo, classificando sua resposta como "inacreditável". "Me desculpe reverendo, mas não dá para acreditar nisso. é muito furada essa história."
Além disso, Amilton também negou a filiação com políticos, mesmo tendo deputados como integrantes de sua instituição e também disse que não negociou vacinas, mas se apresentou apenas como um facilitador. O pastor também foi questionado por senadores por que intermediou a oferta de vacinas para o Ministério da Saúde e foi recebido três vezes na sede da pasta, apesar de movimentos contrários do governo federal em relação à imunização da população.
Ele relatou três reuniões no Ministério da Saúde: em 22 de fevereiro, 2 de março e 12 de março. Na última, foi recebido pelo ex-secretário-executivo da pasta, Elcio Franco. O reverendo relatou que 10 pessoas estavam nesse encontro, patrocinado pelo coronel Helcio Bruno, do Instituto Brasil, mas disse não se lembrar da presença de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do ministério que foi acusado de receber propina e preso na CPI.
A justificativa do reverendo para tentar facilitar a compra de vacinas com o Ministério da Saúde foi a tentativa de proporcionar vacinas para o Brasil, uma "iniciativa humanitária", de acordo com ele. "O trabalho de mais de 20 anos de uma ONG, uma entidade séria, voltada para ações comunitárias e educacionais, foi jogada na lama, trazendo prejuízo na sua credibilidade", disse.
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