Simone Tebet (MDB-MS) na CPI da CovidPedro França/Agência Senado
Publicado 10/08/2021 15:41 | Atualizado 10/08/2021 17:02
Durante o depoimento do coronel da reserva e presidente da ONG Instituto Força Brasil (IFB), Helcio Bruno de Almeida, nesta terça-feira, 10, na CPI da Covid, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que o site do Instituto é responsável pela propagação de fake news em relação a 'tratamentos precoces contra a covid-19'.
Helcio Bruno foi convocado pela CPI da Covid após ter participado de conversas em que foram discutidas ofertas de vacinas e ter sido alvo da CPMI das Fake News no Congresso. Ele participou de uma reunião, no dia 12 de março, no Ministério da Saúde com representantes da Davati, empresa que tentou vender vacinas sem comprovar a entrega de doses - nem ter aval dos fabricantes.
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Quando se dirigia ao coronel da reserva e comparava publicações de Helcio em suas redes sociais com as que estavam no site do IFB, a senadora destacou que ambas as publicações tinham uma relação próxima de ideias, no que diz respeito ao incentivo à busca por tratamento precoce contra a covid-19, algo que comprovadamente é ineficaz. Confira a fala de Tebet: 
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"Nós vamos cair exatamente no Facebook do próprio coronel Helcio. Como é só o coronel Aguiar e vossa senhoria que a principio administram esse site, eu acredito que vem daí talvez esse interesse comum, já que comungam do mesmo negacionismo, que nesse caso mata", afirmou a Senadora.
Testemunha diz que IFB não é negacionista
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Quando foi questionado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) se teria se vacinado, o coronel afirmou que ainda estava aguardando, alegando ter tido covid-19.
Em relação as postagens negacionistas nas redes do Instituto Força Brasil, Helcio Bruno disse que a questão não estava necessariamente relacionada com a opinião do Instituto, contrariando a ideia de que a ONG seja negacionista, mas que "respeita opiniões divergentes".
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Ainda sobre aplicativo para orientar o "tratamento precoce", o depoente explicou que pensaram em uma alternativa, utilizando teleconsulta, com o objetivo de que a pessoa infectada pudesse receber o diagnóstico médico para obter a prescrição devida sem a necessidade de procurar um hospital, mas não foi possível operacionalizar a proposta.
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Na sessão, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) afirmou que o instituto não é transparente e que não há como saber como o instituto é financiado. Helcio permaneceu em silêncio em sete perguntas de Braga, relacionadas, principalmente, à empresa Davati.

Em uma de suas poucas respostas, Helcio afirmou que o Força Brasil “não recebeu jamais recursos do governo federal ou do poder público e depende das contribuições dos membros”. O senador criticou o silêncio reiterado do depoente e questionou a lisura do instituto.

"Tem dinheiro e tem dinheiro alto aqui neste Instituto, e o senhor não diz de onde vem. Se não é do governo federal, vem de quem?", questionou Braga.

Para o senador, o depoente também deixou claro que participou da intermediação na tentativa de venda de vacinas com a empresa Davati para o Ministério da Saúde.


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