Publicado 17/08/2021 13:09 | Atualizado 17/08/2021 13:23
Brasília - O auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, presta depoimento na CPI da Covid para esclarecer o estudo feito por ele citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O estudo em questão, afirma que metade das mortes confirmadas no Brasil por covid-19 não teria, de fato, ocorrido. Durante fala na comissão, o senador Randolfe Rodriges (Rede-AP), vice-presidente da comissão, pediu a exibição de um vídeo no qual Jair Bolsonaro (sem partido) afirma que teria editado dados do estudo “divulgado” pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
No vídeo, o presidente da República, em live no dia 1º de julho, reconhece que editou a tabela do documento feito pelo auditor do TCU, o que demonstra o "modus operandi" por parte do governo, no sentido de minimizar o número de mortes causadas pela pandemia. Veja abaixo:
No vídeo, o presidente da República, em live no dia 1º de julho, reconhece que editou a tabela do documento feito pelo auditor do TCU, o que demonstra o "modus operandi" por parte do governo, no sentido de minimizar o número de mortes causadas pela pandemia. Veja abaixo:
Antes, Randolfe também chegou a mencionar campanhas da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) que subestimaram o número de mortos pela covid-19 no país. “Uma nação que trabalha unida pelo bem de todos não se deixa abalar por quem politiza até a doença. O Brasil vai em frente”, dizia uma publicação feita pelo órgão no Twitter.
Em seguida, o vice-presidente da CPI pediu a Alexandre Marques que disponibilizasse à CPI os arquivos de compartilhamento do documento no Word entre o auditor e seu pai, e dele para o presidente da República, o que foi aceito pelo depoente.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) também apontou que o presidente teria cometido crime comum e crime de responsabilidade ao tornar público documento claramente manipulado. “Agora temos a digital, a materialidade dos crimes cometidos”, disse.
Após Alexandre admitir que não ouviu médicos nem o IBGE para analisar os dados, Simone afirmou que o auditor foi irresponsável como servidor ao pegar uma tese e tentar imputar à realidade dos fatos.
“Vossa senhoria representa, repito, uma dos órgão de fiscalização e controle mais relevantes, que não podem ter a sua imagem arranhada, como está acontecendo, infelizmente, com as instituições públicas neste país”, criticou a senadora.
Em seguida, o vice-presidente da CPI pediu a Alexandre Marques que disponibilizasse à CPI os arquivos de compartilhamento do documento no Word entre o auditor e seu pai, e dele para o presidente da República, o que foi aceito pelo depoente.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) também apontou que o presidente teria cometido crime comum e crime de responsabilidade ao tornar público documento claramente manipulado. “Agora temos a digital, a materialidade dos crimes cometidos”, disse.
Após Alexandre admitir que não ouviu médicos nem o IBGE para analisar os dados, Simone afirmou que o auditor foi irresponsável como servidor ao pegar uma tese e tentar imputar à realidade dos fatos.
“Vossa senhoria representa, repito, uma dos órgão de fiscalização e controle mais relevantes, que não podem ter a sua imagem arranhada, como está acontecendo, infelizmente, com as instituições públicas neste país”, criticou a senadora.
Compartilhamento de fake news
Anteriormente na comissão, o senador Humberto Costa (PT-PE), questionou o depoente acerca do compartilhamento de uma publicação contendo informações defendendo o uso do antiparasitário ivermectina.
O senador Humberto lembrou que o Código de Ética do TCU prevê a obrigação de neutralidade dos servidores em relação a influência político-partidária. Alexandre Marques afirmou não considerar ter violado esse código. O senador então lamentou que o depoente tenha contribuído para "reforçar o discurso negacionista do presidente, que dizia 'não está morrendo tanta gente assim' ". Confira:
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