Publicado 19/08/2021 08:04 | Atualizado 19/08/2021 10:56
Brasília – O sócio-proprietário da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, prestará depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira, 19. A empresa foi responsável por atuar como representante do laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da vacina Covaxin, e estaria envolvida em irregularidades no processo de compras do imunizante pelo Ministério da Saúde. O requerimento para a oitiva de Maximiano partiu do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
O imunizante estava sendo negociado por US$ 15 a dose, e o contrato previa a aquisição de 20 milhões de vacinas, num total aproximado de R$ 1,6 bilhão. O tema entrou na mira da comissão de inquérito depois que o servidor Luiz Ricardo Miranda denunciou à CPI que estava sendo pressionado para acelerar a compra. Luiz Ricardo é irmão do deputado Federal Luiz Miranda (DEM-DF) e, na ocasião, ambos afirmaram que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi avisado sobre a suspeita de corrupção na pasta da Saúde.
Depois que as suspeitas tornaram-se públicas por meio da CPI, o contrato foi cancelado pela Saúde e, em julho, a Bharat Biotech rompeu com a Precisa.
A Precisa Medicamentos é sócia de outra empresa, a Global Saúde, acusada de não ter cumprido contrato fechado com o Ministério da Saúde para fornecer remédios de alto custo para doenças raras. O negócio foi feito no fim de 2017, quando a pasta era chefiada pelo deputado federal Ricardo Barros, atual líder do governo na Câmara.
Em depoimento à CPI, Barros afirmou que não tem relação pessoal com Maximiano e negou ter participado das negociações de vacinas.
Vinda à CPI
Depois que as suspeitas tornaram-se públicas por meio da CPI, o contrato foi cancelado pela Saúde e, em julho, a Bharat Biotech rompeu com a Precisa.
A Precisa Medicamentos é sócia de outra empresa, a Global Saúde, acusada de não ter cumprido contrato fechado com o Ministério da Saúde para fornecer remédios de alto custo para doenças raras. O negócio foi feito no fim de 2017, quando a pasta era chefiada pelo deputado federal Ricardo Barros, atual líder do governo na Câmara.
Em depoimento à CPI, Barros afirmou que não tem relação pessoal com Maximiano e negou ter participado das negociações de vacinas.
Vinda à CPI
O depoimento de Maximiano já foi adiado por quatro vezes. A primeira tentativa da comissão de ouvir seu depoimento ocorreu em 23 de junho, mas os advogados avisaram na véspera que ele estava em quarentena, após retornar da Índia.
O compromisso foi remarcado para 1º de julho, mas foi adiado por meio de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dando-lhe o direito de ficar em silêncio para não se incriminar.
Maximiano seria ouvido também em 14 de julho, junto com a diretora-técnica da empresa, Emanuela Medrades, mas o comando da CPI decidiu por ouvir apenas um depoimento.
Já a última da oitiva estava marcada para o dia 4 de agosto, após a volta do recesso parlamentar, mas o empresário pediu o adiamento porque, novamente, estava na Índia. Ele havia embarcado antes de ser notificado pela comissão, que optou por não tomar nenhuma medida - a direção da comissão chegou a avaliar o pedido de prisão do empresário, mas desistiu da ideia.
O compromisso foi remarcado para 1º de julho, mas foi adiado por meio de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) dando-lhe o direito de ficar em silêncio para não se incriminar.
Maximiano seria ouvido também em 14 de julho, junto com a diretora-técnica da empresa, Emanuela Medrades, mas o comando da CPI decidiu por ouvir apenas um depoimento.
Já a última da oitiva estava marcada para o dia 4 de agosto, após a volta do recesso parlamentar, mas o empresário pediu o adiamento porque, novamente, estava na Índia. Ele havia embarcado antes de ser notificado pela comissão, que optou por não tomar nenhuma medida - a direção da comissão chegou a avaliar o pedido de prisão do empresário, mas desistiu da ideia.
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