Publicado 27/05/2022 09:10 | Atualizado 27/05/2022 09:15
O Padre Júlio Lancelotti usou suas redes sociais para divulgar um ato de protesto pela morte de Genivaldo De Jesus Santos, 38 anos, asfixiado com gás no interior de um porta-malas por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Caso aconteceu na cidade de Umbaúba, no interior do Sergipe, na quarta-feira, 25, e gerou grande comoção dentro e fora do país. A manifestação está marcada para esta sexta, 27, em frente à superintendência da PRF na cidade de São Paulo, a partir das 9h.
Nesta quinta, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afastou os agentes envolvidos no caso de Genivaldo e segundo o órgão, um processo disciplinar foi aberto para investigar a ocorrência. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse também nesta quinta, ter determinado a abertura de investigações pelas Polícia Federal (PF) e pela PRF sobre o assassinato.
A esposa da vítima, Maria Fabiana dos Santos, diz que ele sofria com esquizofrenia há cerca de 20 anos, mas era uma pessoa tranquila. "Eu vivo com ele há 17 anos. Nunca agrediu ninguém, nunca fez nada de errado, sempre fazendo o certo. E em um momento desse pegaram ele e fizeram o que fizeram", disse.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe disse que irá acompanhar os desdobramentos do caso e emitiu uma nota dizendo que "tem respeito pelas instituições, mas não compactua com qualquer tipo de violência ou de tortura".
Na cidade de Umbaúba, onde o caso aconteceu, moradores fizeram protestos na rodovia BR-101 e atearam fogo em pneus para fechar a via.
Homem morto por asfixia
Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi imobilizado e mantido no porta-malas de uma viatura enquanto dois policiais jogava uma substância tóxica no interior do veículo, sem permitir que a vítima pudesse respirar. Imagens da ação foram gravadas e chocaram internautas ao serem compartilhadas nas redes sociais.
Em um dos vídeos gravados momentos antes da morte de Genivaldo, é possível ver que o homem é jogado no chão e algemado. Em seguida, ele é levado para a viatura e lá, os policiais deixam apenas uma fresta do porta-malas aberta enquanto jogam o gás. Ao redor da cena, populares alertam sobre o risco de manter a vítima durante tanto tempo inalando a substância sem que pudesse respirar ar puro, mas os agentes ignoram enquanto o homem se debate com as pernas para fora do veículo.
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