Publicado 24/07/2022 15:21
Ao oficializar sua candidatura à reeleição em chapa pura com o general Braga Netto (PL), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o vice é alguém para " estar ao seu lado em momentos difíceis". Ele não citou nominalmente o atual vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), com quem coleciona tensões ao longo do mandato. "O vice não pode ser pessoa que conspire contra você", declarou neste domingo em ato político no Maracanãzinho.
Em um discurso de uma hora e nove minutos, o presidente voltou a utilizar um slogan de inspiração fascista: "‘Deus, Pátria, Família e Liberdade". O slogan "Deus, Pátria e Família" era utilizado pelo integralismo brasileiro nos anos 1930, representação do fascismo italiano no País.
Em um discurso de uma hora e nove minutos, o presidente voltou a utilizar um slogan de inspiração fascista: "‘Deus, Pátria, Família e Liberdade". O slogan "Deus, Pátria e Família" era utilizado pelo integralismo brasileiro nos anos 1930, representação do fascismo italiano no País.
Bolsonaro convocou seus apoiadores a "irem às ruas pela última vez" no dia 7 de setembro. O presidente voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem se referiu indiretamente como "surdos de capa preta".
"Estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis são o Poder Executivo e o Legislativo", disse.
"Estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis são o Poder Executivo e o Legislativo", disse.
"Vocês sabem o que vou fazer se for reeleito de forma transparente e democraticamente", afirmou o presidente, que pediu à população para fazer comparações com governos passados na hora de decidir o voto. "Comparem meu governo com três anos e meio de governos anteriores", declarou, na convenção de lançamento da candidatura à reeleição. O chefe do Executivo destacou ainda o que considera conquistas de sua gestão, como o avanço na transposição do Rio São Francisco e na construção da Rodovia Norte-Sul, bem como a entrega de títulos de terra a mulheres. "Estou mostrando o que fizemos e pretendemos continuar fazendo".
Primeira-dama discursa
A convenção teve início com uma oração do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP). O presidente chegou ao Maracanãzinho em companhia da primeira-dama Michelle Bolsonaro, cuja presença não estava confirmada. Ela cedeu aos apelos da equipe de marketing bolsonarista, que busca atrair uma fatia maior do eleitorado feminino, e foi a segunda a discursar. Na sua fala, Michele lembrou o atentado sofrido pelo chefe do Executivo em Juiz de Fora, durante a campanha de 2018, e fez diversas citações de cunho religioso.
Bolsonaro aproveitou o evento para criticar o ex-presidente Lula (PT), seu principal adversário nas eleições deste ano. Segundo o chefe do Executivo, o petista quer legalizar o aborto e as drogas, além de controlar a mídia. O endividamento da Petrobras nos governos Lula e Dilma também foi lembrado. O presidente repetiu que o governo está há 3 anos e meio sem corrupção, mas ignorou as denúncias ocorridas em seu governo.
Ainda atacou as políticas de contenção da pandemia e elogiou a atuação no governo do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo. Também garantiu que seguirá "no meio do povo", apesar dos riscos relacionados à sua segurança.
Ainda atacou as políticas de contenção da pandemia e elogiou a atuação no governo do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo. Também garantiu que seguirá "no meio do povo", apesar dos riscos relacionados à sua segurança.
Entre os nomes de destaque da política, participaram da convenção o governador do Rio; Cláudio Castro; o ex-ministro e deputado federal Onyx Lorenzoni (PL-RS); o senador Romário (PL-RJ); o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazzuelo; o ex-presidente Fernando Collor; a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o ex-ministro da Infraestrutura e candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O evento conta ainda com a participação da dupla sertaneja Matheus e Cristiano, autores do jingle da campanha de Bolsonaro — “Capitão do povo”.
Colômbia
Durante o discurso, Bolsonaro reiterou críticas ao presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, que é de esquerda e tem passado guerrilheiro. "População quer sair da Colômbia", afirmou o presidente, que usa o discurso de polarização com a esquerda no País.
Durante o discurso, Bolsonaro reiterou críticas ao presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, que é de esquerda e tem passado guerrilheiro. "População quer sair da Colômbia", afirmou o presidente, que usa o discurso de polarização com a esquerda no País.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.