Publicado 27/09/2022 11:21
Barreiras (BA) - O adolescente de 14 anos que invadiu uma escola em Barreiras, na Bahia, usou a arma do pai para atirar contra a aluna Geane de Silva de Brito, 19 anos. Na manhã desta segunda-feira (26), o jovem entrou no Colégio Municipal Eurides Sant'Anna armado para atirar contra os estudantes. Geane, que era cadeirante, morreu no local após ser baleada e atingida por golpes de faca no pátio da escola.
O responsável pelo adolescente é um policial militar de Brasília, que se mudou neste ano para a cidade do oeste baiano. Segundo o pai do jovem, o revólver, calibre 38, estava carregado com seis balas. O PM informou que a arma teria sido encontrada pelo filho debaixo do colchão, local onde costumava guardá-la.
De acordo com informações da Polícia Civil, o adolescente entrou na escola pelo portão principal como os demais alunos, apesar de estar sem uniforme. Os agentes suspeitam que ele tenha ido até a unidade poucas horas antes de cometer o crime.
Por volta das 7h20 desta segunda, ao chegar na entrada do colégio — administrado pela prefeitura de Barreiras e pela Polícia Militar — o atirador já empunhava a arma. A entrada foi percebida por um guarda da unidade, que correu para procurar ajuda após o adolescente ter disparado na direção dele. Cerca de 400 alunos estudam no período da manhã.
No momento do ataque, aproximadamente 40 estudantes estavam na quadra da escola. Os alunos que estavam ali conseguiram correr por causa de duas falhas na arma do atirador. Geane foi baleada e atingida com golpes de faca. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
O delegado Rivaldo Almeida Luz ouviu o pai do atirador nesta segunda-feira. Na declaração, o responsável afirmou que escondia a arma e que o adolescente não tinha acesso a ela. Os familiares descreveram o adolescente como um garoto tranquilo, mas bastante introspectivo. Ele não tinha amigos e lamentava ter se mudado para Bahia.
Em postagens nas redes sociais, ele fazia discursos odiosos em relação a cidade de Barreiras e ao Nordeste do Brasil. Os investigadores buscam imagens de residências vizinhas para apurar o crime, já que o colégio não dispõe de câmeras de segurança. As aulas foram suspensas pela unidade até o dia 3 de outubro.
"O pai disse que guardava a arma debaixo do colchão de uma cama e que o garoto não tinha acesso, mas não acredito nessa versão. Ele é um garoto bastante introspectivo que, nos últimos meses, passou a ficar muito tempo nas redes sociais. Os pais não sabiam os tipos de conteúdos que ele consumia na internet", disse Rivaldo.
Ele foi matriculado no colégio em maio deste ano no turno da tarde. Ele também foi baleado durante o crime e socorrido pelo SAMU. O adolescente foi levado para o Hospital Geral do Oeste, onde passou por uma cirurgia e tem quadro de saúde considerado estável.
"O pai disse que guardava a arma debaixo do colchão de uma cama e que o garoto não tinha acesso, mas não acredito nessa versão. Ele é um garoto bastante introspectivo que, nos últimos meses, passou a ficar muito tempo nas redes sociais. Os pais não sabiam os tipos de conteúdos que ele consumia na internet", disse Rivaldo.
Ele foi matriculado no colégio em maio deste ano no turno da tarde. Ele também foi baleado durante o crime e socorrido pelo SAMU. O adolescente foi levado para o Hospital Geral do Oeste, onde passou por uma cirurgia e tem quadro de saúde considerado estável.
O tenente coronel Fábio Santana, da Polícia Militar, explicou que os policiais que trabalham na escola estavam desarmados no momento do ataque. Ele informou que os tiros que atingiram o adolescente possivelmente partiram de alguém que passava no local no momento, e ainda não foi identificado pelas autoridades.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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