Após a repercussão, Nardes se licenciou do TCU Marcello Casal JrAgência Brasil
Publicado 22/11/2022 10:26
O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime na segunda-feira, 21, contra o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes em que pede seu imediato afastamento e a instauração de investigação por pelo menos cinco crimes após o vazamento de um áudio em que integrante da Corte de Contas supostamente articula para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na peça, o PT fala em indícios de violação a instituições democráticas, golpe de estado e ao processo eleitoral. O partido também acusa Nardes de apologia ao crime, crime de responsabilidade e improbidade administrativa.

Em um áudio divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, Nardes afirma ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e que, "em questão de horas, dia, no máximo, uma semana, dias talvez menos do que isso haverá um desenlace bastante forte na nação, imprevisíveis, imprevisíveis". Após a enorme repercussão, Nardes se licenciou do TCU ainda na segunda-feira alegando motivos médicos.
O ministro do TCU foi alvo de inquérito sobre o pagamento de propina a integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), vinculado ao Ministério da Fazenda. Em 2019, esse inquérito foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) Anteriormente, o procurador-geral da República, Augusto Aras, já havia se posicionado pelo arquivamento.

O nome de Nardes também foi citado em uma delação premiada da Operação Lava Jato. Em 2018, o ex-subsecretário de Transporte do Rio Luiz Carlos Velloso afirmou que o ministro girou R$ 1,2 milhão na corretora Advalor, alvo da investigação. O irmão do ex-subsecretário, Juscelino Gil Velloso, também delator, contou que pagou 'mensalidade escolar' a Nardes e revelou a entrega de dinheiro em Brasília.
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