Publicado 21/01/2023 09:55 | Atualizado 21/01/2023 11:33
Boa Vista - A Polícia Federal de Roraima prendeu na noite de sexta-feira, 20, um homem suspeito de incentivar um atentado contra a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A prisão aconteceu em Boa Vista, capital do estado, que recebe o chefe do Executivo neste sábado, 21, para acompanhar os trabalhos dos ministérios dos Povos Indígenas e da Saúde na Terra Indígena Yanomami após o Ministério da Saúde declarar emergência de saúde pública na região.
Nas redes sociais, o suspeito comentou a visita que o mandatário a Roraima e afirmou que "seria a hora de colocar a bala na cabeça dele", se referindo a Lula. De acordo com uma nota divulgada pela PF-RR, o homem foi encaminhado ao sistema prisional e estpa à disposição da Justiça. O suspeito não teve a identidade revelada.
Técnicos da pasta resgataram, desde segunda-feira (16), pelo menos oito crianças Yanomami em estado grave de desnutrição. Lula decretou a criação Comitê de Coordenação Nacional, com a intenção de discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para prestar atendimento a essa população.
Além disso, o presidente anunciou a criação Comitê de Coordenação Nacional, com a intenção de discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para prestar atendimento a essa população. Segundo o presidente, o plano de ação deve ser apresentado no prazo de quarenta e cinco dias, já o comitê, trabalhará por cerca de 90 dias, no entanto, o prazo que pode ser prorrogado.
"Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças Yanomami em Roraima. [...] Viajarei ao estado para oferecer o suporte do governo federal e, junto com nossos ministros, atuaremos pela garantia da vida de crianças Yanomami", disse Lula, em postagem nas redes sociais na sexta, 20.
A região localizada em Roraima e no Amazonas tem cerca de 30,4 mil habitantes e é alvo da forte presença do garimpo ilegal. A população sofre com a poluição de rios e contaminação de peixes por mercúrio e danos ambientais, além da falta de segurança.
Em 2021, 56,5% das crianças acompanhadas pelo governo no território Yanomami apresentaram quadro de desnutrição aguda – quando o peso é considerado baixo ou baixíssimo para a idade, apontam dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
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