Publicado 20/04/2023 10:55
O general Gonçalves Dias apresentou pedido de demissão do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta quarta-feira, 19, após crise emergir em Brasília, com a divulgação de imagens que mostram sua presença no Palácio do Planalto durante os ataques golpistas contra os Três Poderes em 8 de janeiro, por apoiadores radicais de Jair Bolsonaro (PL), que pediam intervenção militar no país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se reuniu ontem com o general antes da confirmação do pedido de demissão. O secretário-executivo do gabinete, Ricardo Nigri, também foi afastado do cargo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se reuniu ontem com o general antes da confirmação do pedido de demissão. O secretário-executivo do gabinete, Ricardo Nigri, também foi afastado do cargo.
Ex-interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli foi nomeado como secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) interinamente. Embora não oficialmente, Capelli terá status de ministro, substituindo o general Gonçalves Dias.
O GSI é responsável por auxiliar diretamente o presidente da República nas suas atribuições, especialmente nas questões militares e de segurança. Entre suas competências, também incluem a análise e o acompanhamento de assuntos com potencial de risco , a prevenção de ocorrências de crises e a coordenação do gerenciamento em caso de grave e iminente ameaça à estabilidade institucional.
O GSI cuida da segurança pessoal do presidente e do vice-presidente, de seus familiares, assim como dos palácios presidenciais e das residências oficiais. Também é responsável pelo planejamento e coordenação, por exemplo, de eventos realizados no país em que o Presidente da República comparece e atua em parceria com o Gabinete Pessoal , e no exterior, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores.
O GSI cuida da segurança pessoal do presidente e do vice-presidente, de seus familiares, assim como dos palácios presidenciais e das residências oficiais. Também é responsável pelo planejamento e coordenação, por exemplo, de eventos realizados no país em que o Presidente da República comparece e atua em parceria com o Gabinete Pessoal , e no exterior, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores.
É o gabinete que organiza as viagens presidenciais, tanto dentro do país quanto no exterior, sendo esta última em cooperação com o Ministério das Relações Exteriores. O GSI também monitora se há questões relacionadas a terrorismo e às medidas para prevenir e neutralizar atentados.
Histórico do gabinete com status de Ministério
O GSI foi criado em 1999 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso , que substitiuiu a Casa Militar. O primeiro ministro foi o General Alberto Mendes Cardoso, no comando até o final do mandato de Cardoso em 2003.
Histórico do gabinete com status de Ministério
O GSI foi criado em 1999 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso , que substitiuiu a Casa Militar. O primeiro ministro foi o General Alberto Mendes Cardoso, no comando até o final do mandato de Cardoso em 2003.
No primeiro e segundo governo de Lula, o General Jorge Armando Felix comantou o GSI e na primeira parte dos mandatos de Dilma Rousseff, o ministro foi o General José Elito Carvalho Siqueira. Contudo, a presidente realizou uma reforma ministerial e tirou o status de Ministério do GSI integrando-o à Secretaria de Governo. Apenas a Casa Militar foi mantida.
Após a orquestração do 'impeachment' e a ascensão de Michel Temer (MDB ) à chefia do Planalto, a Casa Civil foi extinta e o GSI foi recriado. O General Sergio Echegoyen assumiu a frente do posto.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o General Augusto Heleno foi o responsável pelo órgão.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o General Augusto Heleno foi o responsável pelo órgão.
Crise dos ataques de 8 de janeiro
Ex-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, foi escolhido para liderar o gabinete no terceiro mandato de Lula por ser considerado um militar próximo ao presidente. Inclusive trabalhou na segurança pessoal do atual presidente durante seus primeiros mandatos, de 2003 a 2009, e também na campanha eleitoral de 2022.
Ex-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, foi escolhido para liderar o gabinete no terceiro mandato de Lula por ser considerado um militar próximo ao presidente. Inclusive trabalhou na segurança pessoal do atual presidente durante seus primeiros mandatos, de 2003 a 2009, e também na campanha eleitoral de 2022.
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