Publicado 16/07/2023 12:49 | Atualizado 16/07/2023 12:54
Um dos empresários que agrediu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Roberto Mantovani já foi candidato a prefeito pelo PL, partido que atualmente abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro. O suspeito se candidatou pela cidade de Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo, no ano de 2004, mas perdeu as eleições.
Segundo a Polícia Federal (PF), ele participou das agressões a Moraes e ao filho dele no aeroporto internacional de Roma, na Itália.
À 'Folha de São Paulo', ele negou ter xingado o ministro do STF: "O que eu posso falar para você é que eu vi realmente o ministro. Ele estava sentado em uma sala, mas eu não dirigi nenhuma palavra a ele".
Na sexta-feira, 14, Moraes foi xingado e teve seu filho agredido por um dos suspeitos. O magistrado participou do Fórum Internacional de Direito da Universidade de Siena. Enquanto aguardava o voo, o ministro foi abordado pelos brasileiros e ouviu as ofensas e palavras de baixo calão.
Uma mulher chamou o ministro do STF de "bandido, comunista e comprado". Outros dois homens, Alex Zanatta e Roberto Mantovani Filho aderiram ao coro.
No sábado, 15, a PF instaurou um inquérito para investigar três pessoas que hostilizaram o ministro. A corporação não informou se pretende ouvir os suspeitos nos próximos dias. O ministro da Justiça, Flávio Dino, ligou para Moraes, prestou solidariedade e garantiu uma investigação assídua da corporação.
Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que vai "tomar medidas cabíveis" sobre as agressões a Moraes.
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