Ação ocorre nas cidades de Guarulhos e São Paulo, com 100 policiais na ativaDivulgação: PF
Publicado 18/07/2023 09:24 | Atualizado 18/07/2023 09:39
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 18, a segunda fase da Operação Efeito Colateral, que tem o objetivo de prende suspeitos de ligação com esquema de tráfico internacional de drogas que levou para a cadeia da Alemanha duas brasileiras, Jeanne Paollini e Kátyna Baía, após ação da quadrilha. Até o momento, 17 pessoas foram presas.
Em março deste ano, o casal teve as malas trocadas no Aeroporto de Guarulhos. O destino delas era Frankfurt, na Alemanha e quando chegaram ao país alemão, foram presas por 38 dias após encontrarem cocaína nas bagagens.
Os agentes cumprem 45 mandados judicias, sendo 27 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva. A ação ocorre nas cidades de Guarulhos e São Paulo, com 100 policiais na ativa.
As investigações apontam ainda que os mandantes do crime e outros integrantes da organização também teriam enviado cocaína em outros dois voos. Um deles foi para Portugal, em outubro de 2022, e outro para a França, em março deste ano.
Segundo a PF, são alvo de ordens de prisão preventiva "executores dos três eventos de tráfico internacional de drogas" e os líderes do esquema, que seriam responsáveis pelo envio de mais de 120 quilos de cocaína para a Europa e por "inúmeros outros eventos de tráfico internacional através do Aeroporto Internacional de Guarulhos".
A empresária Kátyna Baía, 44, e a esposa, Jeanne Paolini, 40, tiveram uma viagem de férias interrompida  - Reprodução/Instagram
A empresária Kátyna Baía, 44, e a esposa, Jeanne Paolini, 40, tiveram uma viagem de férias interrompida Reprodução/Instagram
Relembre o caso
O casal que saiu de Santa Genoveva, Goiânia, tiveram as etiquetas das malas trocadas por um grupo criminoso de tráfico de drogas no Aeroporto de Guarulhos, fazendo-as levarem a bagagem com os entorpecentes para o país europeu.
O casal negou a PF que tinham conhecimento do conteúdo da mala e que não cometeram nenhum crime. Ao todo, a polícia alemã apreende 20 kg de cocaína em cada mala.
A base para a liberação do casal foram as imagens que mostram as bagagens sendo trocadas durante uma escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Segundo a PF, um dia antes do embarque das duas brasileiras, outra goiana teve a etiqueta da mala trocada por bagagem com drogas ao viajar para Paris, na França, mas não foi presa.
Vídeos obtidos pelo 'Fantástico', da TV Globo, mostram como dois funcionários do aeroporto identificam as duas malas de Kátyna e Jeanne, uma rosa e uma preta, separam e, discretamente, retiram a etiqueta delas em uma área de segurança e de acesso restrito que é monitorada por várias câmeras.

Em outro vídeo, duas mulheres chegam ao aeroporto com duas malas de cores diferentes por volta das 20h30. Seriam as malas que continham os 40 quilos de cocaína, segundo a polícia.
Kátyna Baía e Jeanne Paollini foram detidas na Alemanha por suposto envolvimento em tráfico internacional de drogasReprodução/Fantástico
As duas vão até um guichê de companhia aérea após um sinal da única funcionária que está no local, deixam as malas e saem em seguida do aeroporto, sem embarcar para qualquer destino. As duas malas são levadas para o mesmo veículo onde estão as malas de Kátyna e Jeanne e a troca é feita. A Operação Iraúna da PF já prendeu sete pessoas por envolvimento no caso.
A GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, informou que o manuseio das bagagens, desde o momento do check-in até a aeronave, é de responsabilidade das empresas aéreas.
A concessionária afirma que contribui, quando solicitada, com informações aos órgãos policiais. Esclarece, por fim, que quando ocorre um incidente, se reúne com as autoridades policiais para discutir melhorias nos protocolos de segurança.

Em nota, a Latam, companhia pela qual as goianas viajaram, disse acompanhar o caso com a máxima prioridade e que "tem colaborado com as investigações desde que foi contatada pelas autoridades, prestando também apoio às famílias das passageiras".
"A Latam reforça que nenhum dos funcionários envolvidos pertence à companhia, continuará acompanhando os desdobramentos e repudia veementemente o ocorrido", concluiu a nota.
A advogada das goianas informou que elas iriam entrar com duas ações de reparação, uma na Justiça brasileira e outra na alemã, em razão do episódio.
*Com infomações do IG e Estadão Conteúdo
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