A empresária Kátyna Baía, 44, e a esposa, Jeanne Paolini, 40, tiveram uma viagem de férias interrompida Reprodução/Instagram

Berlim - As brasileiras detidas em Frankfurt após terem as etiquetas das malas trocadas no aeroporto alemão no início mês foram soltas na manhã desta terça-feira (11). O Ministério Público da Alemanha autorizou que Jeanne Paollini e Kátyna Baía fossem liberadas. O casal se encontrará com a advogada no consulado do país ainda nesta terça-feira. 
Segundo as investigações da Polícia Federal do Brasil, o casal que saiu de Santa Genoveva (GO), tiveram as etiquetas das malas trocadas por um grupo criminoso de tráfico de drogas no Aeroporto de Guarulhos, fazendo-as levarem a bagagem com os entorpecentes para o país europeu. O casal negou a PF que tinham conhecimento do conteúdo da mala e que não cometeram nenhum crime.

O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota acerca do caso, e disse ter recebido com "satisfação" a informação. "Ao longo do último mês, o Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt realizou visitas consulares, em diferentes ocasiões, às nacionais no presídio, além de ter conduzido gestões junto às autoridades carcerárias e judiciárias locais para acompanhar o trâmite legal. Intermediou, ainda, contatos com familiares e advogados das brasileiras. Representante daquela repartição consular recebeu hoje, no aeroporto de Frankfurt, familiares das brasileiras e os acompanhou ao presídio para o momento da soltura".

O Itamaraty disse que manteve uma coordenação estreita com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para que todas as provas fossem enviadas a Justiça alemã.

Kátyna é personal trainer e Jeanne é médica veterinária, e as duas são casadas e moram em Goiânia. Após uma troca de etiquetas nas malas no Aeroporto Internacional de Guarulhos , que foi monitorado por dezenas de câmeras, as malas foram embarcadas com drogas sem que as mulheres soubessem.

A polícia federal brasileira conseguiu comprovar a inocência das mulheres e prendeu seis pessoas envolvidas no esquema criminoso. A concessionária do aeroporto afirmou que o manuseio das bagagens é de responsabilidade das empresas aéreas, enquanto a Latam, pela qual as mulheres viajaram, disse que está colaborando com a investigação. O consulado brasileiro em Frankfurt está prestando assistência às famílias.