Publicado 06/09/2023 07:31 | Atualizado 06/09/2023 07:32
De acordo com especialistas, ainda não há dados que indiquem um aumento no número de ciclones que atingem o Brasil. No entanto, há alguns indícios de que a intensidade do fenômeno pode estar maior por causa do El Niño e também das mudanças climáticas em curso no planeta. Por isso, acredita-se que ciclone extratropical que atingiu a Região Sul do país e deixou mais de 20 mortos pode ter sido intensificado pelo fenômeno climático.
Este tipo de ciclone se caracteriza por ocorrer em área de menor pressão atmosférica (em relação ao ambiente do seu entorno), em que os ventos giram ao redor do centro, em sentido horário. Em geral, estão associados a frentes frias que avançam por áreas de temperatura mais elevadas. Esses sistemas provocam a formação de nuvens, chuvas, ventos fortes e queda na temperatura.
O ciclone é considerado comum nas Regiões Sul e, em menor escala, Sudeste do País, mas a alta da temperatura do oceano, em função do El Niño (fenômeno que causa aquecimento das águas do Pacífico), e do ar pode estar deixando o fenômeno mais intenso.
Há duas áreas consideradas mais propensas à formação dos ciclones na América do Sul: no extremo Sul, na costa da Patagônia, e na bacia do Prata, que fica no Sul do Brasil, Norte do Uruguai e Nordeste da Argentina. Na Patagônia, a frequência de ciclones é maior durante o verão. No Sul do Brasil, o fenômeno é mais comum no inverno e na primavera. Uma terceira região propensa à formação de ciclones é perto da costa de São Paulo.
Este tipo de ciclone se caracteriza por ocorrer em área de menor pressão atmosférica (em relação ao ambiente do seu entorno), em que os ventos giram ao redor do centro, em sentido horário. Em geral, estão associados a frentes frias que avançam por áreas de temperatura mais elevadas. Esses sistemas provocam a formação de nuvens, chuvas, ventos fortes e queda na temperatura.
O ciclone é considerado comum nas Regiões Sul e, em menor escala, Sudeste do País, mas a alta da temperatura do oceano, em função do El Niño (fenômeno que causa aquecimento das águas do Pacífico), e do ar pode estar deixando o fenômeno mais intenso.
Há duas áreas consideradas mais propensas à formação dos ciclones na América do Sul: no extremo Sul, na costa da Patagônia, e na bacia do Prata, que fica no Sul do Brasil, Norte do Uruguai e Nordeste da Argentina. Na Patagônia, a frequência de ciclones é maior durante o verão. No Sul do Brasil, o fenômeno é mais comum no inverno e na primavera. Uma terceira região propensa à formação de ciclones é perto da costa de São Paulo.
Mortes
Um ciclone deixou 21 mortos no Rio Grande do Sul, anunciou, nesta terça-feira (5), o governador Eduardo Leite, enquanto as autoridades alertam para possíveis novas enchentes.
"É com muita tristeza que recebemos a noticia de que, com as águas baixando (...), centenas de pessoas foram resgatadas, mas recebo agora a informação de 15 corpos localizados no município de Muçum. Isso nos causa imensa dor e faz elevar o número de mortos de 6 para 21", informou o governador.
"É com muita tristeza que recebemos a noticia de que, com as águas baixando (...), centenas de pessoas foram resgatadas, mas recebo agora a informação de 15 corpos localizados no município de Muçum. Isso nos causa imensa dor e faz elevar o número de mortos de 6 para 21", informou o governador.
O governo do Rio Grande do Sul descreveu um fenômeno, iniciado na segunda-feira, com "queda de granizo, ventos fortes e tempestades", que causaram "deslizamentos e inundações". Uma outra pessoa morreu esmagada por uma árvore, no Oeste Catarinense, também em decorrência do ciclone.
El Niño
El Niño
É sabido que as chuvas tendem a ser mais intensas e mais frequentes no Sul do País em períodos de El Niño, o que pode levar à formação de mais ciclones. "A diferença, neste ano, é que tivemos uns dois ciclones formados sobre o continente (não sobre o oceano), o que é mais raro", disse Marcelo Seluchi, coordenador de Operação e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Estabelecer a relação entre os ciclones e o El Niño ou mesmo as mudanças climáticas é difícil porque há poucos dados sobre ciclones. Segundo Seluchi, só existem informações mais precisas e confiáveis dos últimos 30 anos, o que não é suficiente para uma série histórica de peso. A sensação de maior frequência também pode estar ligada ao fato de que a detecção se tornou mais precisa nos últimos anos.
Estabelecer a relação entre os ciclones e o El Niño ou mesmo as mudanças climáticas é difícil porque há poucos dados sobre ciclones. Segundo Seluchi, só existem informações mais precisas e confiáveis dos últimos 30 anos, o que não é suficiente para uma série histórica de peso. A sensação de maior frequência também pode estar ligada ao fato de que a detecção se tornou mais precisa nos últimos anos.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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