Publicado 20/12/2023 14:37 | Atualizado 20/12/2023 14:37
A investigação realizada em São Paulo sobre os jogos ilegais da plataforma Blaze, divulgada por influenciadores digitais como Viih Tube e Mel Maia tem gerado polêmica desde o último domingo, 17. O Crash, conhecido como "jogo do aviãozinho", é o mais famoso entre eles e, assim como outros, é ilegal no Brasil. A ação, detalhada pelo programa Fantástico, da 'TV Globo', teve início após denúncias de apostadores que não recebiam o valor prometido pela plataforma.
Na segunda-feira, 18, cinco influenciadores digitais de Belém, Bragança e Castanhal, no Pará, foram presos em uma operação da Polícia Civil que também investiga uma organização criminosa de jogos de azar na internet. A ação envolve o jogo ''Fortune Tiger'', também conhecido como 'Jogo do Tigrinho', que já gerou grandes prejuízos para seus usuários.
Ao todo, foram cumpridos 24 mandados, sendo 12 de prisão e 12 de busca e apreensão. A casa de prostituição Palazzo, em Belém, capital do estado, foi um dos alvos de busca e apreensão.
Segundo a polícia, as investigações começaram há quatro meses. A organização criminosa é suspeita de promover o jogo fraudulento através de influenciadores locais. Foram apreendidos cinco carros de luxo, duas motos, documentos, aparelhos eletrônicos e máquinas de cartões.
O especialista Marcelo Crespo, coordenador e professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Direito da ESPM, acredita que o caso envolvendo jogos de azar on-line, como os da Blaze, e a participação de influenciadores digitais é complexo e levanta questões importantes, como a recuperação do investimento perdido e a verificação da legalidade dessas plataformas.
Crespo afirma que, para as pessoas que jogaram e não receberam o valor prometido, a recuperação do investimento pode ser desafiadora. "É importante verificar a legalidade da plataforma e do jogo em questão. No Brasil, a legislação sobre jogos de azar é restritiva, e muitas plataformas operam em zonas cinzentas legais", disse.
Em casos de ilegalidade confirmada, os apostadores podem optar por denúncias a órgãos reguladores ou ações judiciais, mas os processos costumam demorar. "Isso pode levar muito tempo e custar caro, especialmente se a ação judicial tiver que ser proposta em outro país, já que as empresas não estão localizadas aqui no Brasil", destaca.
É muito comum internautas caírem em golpes como esse, principalmente quando buscam ou precisam de uma renda extra, optando por ganho de dinheiro fácil.
O especialista Marcelo Crespo, coordenador e professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Direito da ESPM, acredita que o caso envolvendo jogos de azar on-line, como os da Blaze, e a participação de influenciadores digitais é complexo e levanta questões importantes, como a recuperação do investimento perdido e a verificação da legalidade dessas plataformas.
Crespo afirma que, para as pessoas que jogaram e não receberam o valor prometido, a recuperação do investimento pode ser desafiadora. "É importante verificar a legalidade da plataforma e do jogo em questão. No Brasil, a legislação sobre jogos de azar é restritiva, e muitas plataformas operam em zonas cinzentas legais", disse.
Em casos de ilegalidade confirmada, os apostadores podem optar por denúncias a órgãos reguladores ou ações judiciais, mas os processos costumam demorar. "Isso pode levar muito tempo e custar caro, especialmente se a ação judicial tiver que ser proposta em outro país, já que as empresas não estão localizadas aqui no Brasil", destaca.
É muito comum internautas caírem em golpes como esse, principalmente quando buscam ou precisam de uma renda extra, optando por ganho de dinheiro fácil.
Para evitar que isso aconteça, o especialista da ESPM destaca três dicas importantes: pesquisar a reputação e legalidade da plataforma antes de investir, desconfiar de promessas de ganhos fáceis ou muito altos, e evitar seguir cegamente as recomendações de influenciadores sem fazer uma avaliação crítica e independente.
Em relação à responsabilidade dos influenciadores, Crespo afirma que os envolvidos podem ser responsabilizados, especialmente se estiverem promovendo atividades ilegais ou enganosas.
Em relação à responsabilidade dos influenciadores, Crespo afirma que os envolvidos podem ser responsabilizados, especialmente se estiverem promovendo atividades ilegais ou enganosas.
"É importante discutir a ética e a legalidade das práticas de marketing de influência, sobretudo em áreas sensíveis como jogos de azar. Vale os influenciadores tomarem cuidados extras ao divulgarem este tipo de atividade, porque problemas podem afetar suas reputações", finaliza.
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