Publicado 08/01/2024 08:57 | Atualizado 08/01/2024 15:09
São Paulo - O piloto Cassiano Tete Teodoro, que conduzia os passageiros no voo do helicóptero que desapareceu no litoral de São Paulo no dia 31 de dezembro, não tinha permissão para realizar aquele passeio.
Em contato com a reportagem, a Agência Nacional de Aviação Civil informou que ''o profissional teve sua licença e todas as habilitações cassadas pela agência em 15 de setembro de 2021 por condutas infracionais graves à segurança da aviação civil. Na ocasião, o piloto recorreu à Justiça, que manteve a decisão da ANAC''.
Práticas ilegais e nova licença
Cassiano foi cassado em decorrência, entre outros motivos, de evasão de fiscalização, fraudes em planos de voos e práticas envolvendo transporte aéreo clandestino.
Em outubro de 2023, após observar prazo máximo legal para a penalidade administrativa de cassação, que é dois anos, o piloto retornou ao sistema de aviação civil ao obter nova licença com habilitação para Piloto Privado de Helicóptero (PPH). Essa licença não dá autorização para realização de voos comerciais de passageiros.
Em outubro de 2023, após observar prazo máximo legal para a penalidade administrativa de cassação, que é dois anos, o piloto retornou ao sistema de aviação civil ao obter nova licença com habilitação para Piloto Privado de Helicóptero (PPH). Essa licença não dá autorização para realização de voos comerciais de passageiros.
Aeronave não tinha permissão para realizar táxi-aéreo
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o helicóptero utilizado no passeio não tinha permissão para realizar o serviço de táxi-aéreo.
''Em relação à citada aeronave, consta no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) que o helicóptero se encontra em situação normal de aeronavegabilidade, conforme registro em anexo, sem permissão para realização de serviço de táxi-aéreo'', diz a ANAC em nota enviada à reportagem.
Tecnologia nas buscas
A Força Aérea Brasileira comanda as buscas, que chegam ao seu oitavo dia. Para auxiliar a missão, foram acionados os departamentos especializados conhecidos como Esquadrão Pelicano (15 tripulantes) e Esquadrão Pantera (nove tripulantes).
De acordo com a FAB, o SC-105 Amazonas, avião utilizado pelo Esquadrão Pelicano, é equipado com um radar capaz de realizar buscas sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento (Salvaero), mesmo em voos a baixa altura.
De acordo com a FAB, o SC-105 Amazonas, avião utilizado pelo Esquadrão Pelicano, é equipado com um radar capaz de realizar buscas sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento (Salvaero), mesmo em voos a baixa altura.
Já o H-60 Black Hawk, utilizado pelo Esquadrão Pantera, é um dos mais versáteis, da FAB. Ele é utilizado em larga escala para infiltração e exfiltração de tropa e para missões de resgate e busca e salvamento. Pode percorrer até 295 quilômetros em apenas uma hora.
Quem estava no helicóptero?
Luciana Rodzewics Santos, de 45 anos, e Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, mãe e filha, embarcaram no voo. Com elas também estava um amigo da família, Rafael Torres. Além deles, somente o piloto da aeronave, que não teve sua identidade revelada.
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