Renato Cariani foi indiciado por envolvimento no desvio de insumos para o tráficoReprodução/Youtube
Publicado 30/01/2024 14:54
São Paulo - A Polícia Federal de São Paulo concluiu o inquérito que investigava o envolvimento do influenciador Renato Cariani com um esquema de produção de crack. A investigação foi encaminhada para a 3ª Vara Criminal de Diadema.
A PF chegou à conclusão de que a empresa Anidrol, que tem Cariani como sócio, emitia notas falsas de vendas de produtos químicos para empresa multinacionais, mas na realidade estava fornecendo esses insumos para o tráfico.
O material era utilizado pelo crime organizado para a produção de cocaína e crack. De acordo com a conclusão da PF, foram 12 toneladas de insumo desviadas. Este volume é suficiente para a produção de cerca de 19 toneladas de cocaína e crack. Cariani e outras duas pessoas foram indiciadas pelo crime.
Indiciamento
O influenciador fitness Renato Cariani, de 47 anos, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no dia 18 de dezembro por tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Cariani compareceu à sede da PF em São Paulo, onde prestou depoimento por mais de quatro horas sobre um alegado esquema de desvio de produtos químicos destinados à produção de substâncias ilícitas, como crack e cocaína.
De acordo com as autoridades, o tráfico é equiparado porque Cariani supostamente não teria envolvimento direto com drogas ilícitas, mas sim com produtos químicos utilizados na preparação dessas substâncias entorpecentes.

Apesar das acusações graves, Renato Cariani permanece em liberdade, pois a Justiça negou, no dia do indiciamento, o pedido de prisão apresentado pelo Ministério Público.
Defesa
No dia 12 de dezembro, quando foi aplicado um mandado de busca e apreensão em sua casa, Renato Cariani gravou um vídeo para dar sua versão sobre o ocorrido. De acordo com ele, a Anidrol foi fundada em 1981 e funciona regularmente desde então. Ele citou ainda que a investigação foi uma surpresa para ele.
"Eu sofri busca e apreensão porque eu sou um dos sócios, então, todos os sócios sofreram busca e e apreensão. Essa empresa, uma das empresas que eu sou sócio, está sofrendo a investigação, ela foi fundada em 1981. Então, tem mais de 40 anos de história. É uma empresa linda, onde a minha sócia, com 71 anos de idade, é a grande administradora, a grande gestora da empresa, é quem conduz a empresa, uma empresa com sede própria, que tem todas as licenças tem todas as certificações nacionais e internacionais. Uma empresa que trabalha toda regulada. Então, para mim, para a minha sócia, para todas as pessoas, foi uma surpresa", completou.
O DIA buscou contato com Renato Cariani, mas não obteve resposta.
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