Publicado 12/03/2024 08:37 | Atualizado 12/03/2024 08:53
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestou depoimento por mais de 9 horas à Polícia Federal (PF). O oficial já havia sido interrogado pelos investigadores outras seis vezes, sendo que em três delas havia ficado calado. Nesta segunda-feira, 11, o militar chegou às 15h para depor. Segundo o site "G1", o interrogatório terminou à 00h15 desta terça-feira, 12.
Preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), acabou fazendo acordo de delação premiada com a PF e só então passou a responder as perguntas sobre seu envolvimento e do ex-presidente Bolsonaro em várias irregularidades: da tentativa de se apropriar de joias recebidas de presidente do regime da Arábia Saudita ao esquema para fomentar um golpe de Estado e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em agosto passado, Mauro Cid prestou dois longos depoimentos. Um durou 10 horas, outro 12. Foi nessa época em que passou a detalhar supostos crimes já na qualidade de delator. Seu depoimento serviu de base para a operação Tempus Veritatis, deflagrada pela corporação em fevereiro deste ano e que teve como alvos o próprio Bolsonaro e generais que teriam compartilhado com o ex-presidente a ideia de impedir a posse de Lula.
O novo depoimento de Mauro Cid veio na sequência de interrogatórios dos ex-comandantes do Exército, o general Freire Gomes; e da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Baptista Júnior. Freire Gomes atestou que Bolsonaro tinha conhecimento da chamada "minuta do golpe", um plano que previa até a prisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF. Os investigadores buscam esclarecer detalhes revelados pelo ex-comandante do Exército e que Mauro Cid não detalhou.
No interrogatório desta segunda, a PF também estava interessada em cobrar mais detalhes da reunião ministerial de julho de 2022, na qual Bolsonaro antevê a possibilidade de ser derrotado nas eleições daquele ano e pede a seus ministros que acionem o "plano B".
Preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), acabou fazendo acordo de delação premiada com a PF e só então passou a responder as perguntas sobre seu envolvimento e do ex-presidente Bolsonaro em várias irregularidades: da tentativa de se apropriar de joias recebidas de presidente do regime da Arábia Saudita ao esquema para fomentar um golpe de Estado e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em agosto passado, Mauro Cid prestou dois longos depoimentos. Um durou 10 horas, outro 12. Foi nessa época em que passou a detalhar supostos crimes já na qualidade de delator. Seu depoimento serviu de base para a operação Tempus Veritatis, deflagrada pela corporação em fevereiro deste ano e que teve como alvos o próprio Bolsonaro e generais que teriam compartilhado com o ex-presidente a ideia de impedir a posse de Lula.
O novo depoimento de Mauro Cid veio na sequência de interrogatórios dos ex-comandantes do Exército, o general Freire Gomes; e da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Baptista Júnior. Freire Gomes atestou que Bolsonaro tinha conhecimento da chamada "minuta do golpe", um plano que previa até a prisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF. Os investigadores buscam esclarecer detalhes revelados pelo ex-comandante do Exército e que Mauro Cid não detalhou.
No interrogatório desta segunda, a PF também estava interessada em cobrar mais detalhes da reunião ministerial de julho de 2022, na qual Bolsonaro antevê a possibilidade de ser derrotado nas eleições daquele ano e pede a seus ministros que acionem o "plano B".
No encontro no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse ao grupo que não pode "deixar chegar as eleições e acontecer o que está pintando". "Vocês estão vendo agora que... eu acho que chegaram à conclusão. A gente vai ter que fazer alguma coisa antes", diz ele, insinuando a possibilidade de fraude nas eleições daquele ano.
O vídeo da reunião foi encontrado pela Polícia Federal a partir do computador de Mauro Cid, em um serviço de armazenamento na nuvem. No entanto, a defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse que ele nem sequer sabia da existência do encontro, e não estava presente.
O vídeo da reunião foi encontrado pela Polícia Federal a partir do computador de Mauro Cid, em um serviço de armazenamento na nuvem. No entanto, a defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse que ele nem sequer sabia da existência do encontro, e não estava presente.
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