Publicado 24/03/2024 15:27
Os ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram às redes neste domingo, 24, comentar os recentes desdobramentos sobre o caso do assassinato na vereadora Marielle Franco. Em grande parte, o primeiro escalão do governo prestou solidariedade à colega Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial. Agora, autoridades cobram respostas para a motivação do crime.
O ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comentou que a "altivez" de Anielle e de sua mãe, Marinete Silva, "reafirma duas coisas: resiliência e esperança andam juntas; e política, instituições e milícias nunca poderiam sequer se encontrarem, nunca isso deveria ser naturalizado por ninguém", comentou.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a importância das investigações que levaram à prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), do irmão dele Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e do ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. "Um abraço apertado para minha amiga", escreveu. "Seguimos juntas nesse brado por justiça".
Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, também expressou sua solidariedade à família da vereadora. "O nosso Rio não pode ser considerado terra da milícia e da impunidade", afirmou. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, disse que o crime "escancarou a violência política contra uma mulher que lutava bravamente pelas comunidades do Rio de Janeiro".
Márcio Macêdo, Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, também comentou sobre a prisão dos suspeitos, mas cobrou mais esclarecimentos sobre o caso. "Por que mataram Marielle? A resposta pode elucidar muitas coisas no Rio de Janeiro e no Brasil ", afirmou. Na mesma linha, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, escreveu que "finalmente começamos a ter respostas para esse crime covarde".
Já Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, questionou: "Por que será que o crime que matou Marielle e Anderson Gomes não foi esclarecido no governo Bolsonaro?"
Operação Murder Inc
Por ordem do STF, a Polícia Federal deflagrou nesta manhã a Operação Murder Inc, que prendeu de forma preventiva Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Quem autorizou a operação foi o ministro Alexandre de Moraes, integrante da Corte, que assumiu recentemente o caso Marielle.
A prisão dos suspeitos ocorreu após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciar a homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o responsável por executar os assassinatos, em março de 2018. O caso foi federalizado e passou a ser de responsabilidade do STF após Lessa citar o deputado Chiquinho Brazão, que tem foro privilegiado.
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