Publicado 16/05/2024 10:11
Em meio ao intenso trabalho de resgate devido às enchentes causadas pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, uma Organização Não-Governamental (ONG) compartilhou um vídeo nas redes sociais em que mostra 15 cavalos mortos em uma área rural de Parobé, na região metropolitana de Porto Alegre. Os animais ficaram amarrados em árvores e morreram afogados.
PublicidadeAs imagens foram feitas pela ONG Brasil Sem Tração Animal, que está auxiliando nas ações de resgate em meio ao alagamento no estado.
"O modo de vida que se impõe a esses animais não permite a sobrevivência. Em situações como essa, os animais são esquecidos. Morreram porque foram amarrados e tratados como coisa", lamenta Fernanda Braga, fundadora da organização.
O registro viralizou e gerou comoção dos internautas nas redes sociais.
"É muito, muito triste e desolador. O consumo de carne, o costume de montaria, nada disso vai mudar, infelizmente ", comentou uma seguidora.
"Tem que descobrir de quem é essa propriedade e tomar alguma providência, as autoridades avisaram para deixar os animais soltos", pontua uma internauta. "Isto é crime! Não tiveram o direito de nadar ou fugir ou lutar pelas suas vidas", argumenta outra.
"A única coisa que me conforta é saber que eles estão em um lugar melhor e livres", escreveu outra. "Que cena triste e lamentável só Deus sabe o que eles passaram", publicou uma seguidora.
"A única coisa que me conforta é saber que eles estão em um lugar melhor e livres", escreveu outra. "Que cena triste e lamentável só Deus sabe o que eles passaram", publicou uma seguidora.
Outros dois cavalos que estavam presos com água até o pescoço em uma casa em Canoas, no RS. Os animais vinham sendo monitorados por um morador da região, que levava água e comida, além de ter comunicado a necessidade de equipes de resgate. O socorro chegou, mas os dois já foram encontrados sem vida.
Resgates
O novo balanço divulgado pela Defesa Civil nesta quinta-feira, 16, mostra que cerca de 11.932 animais já foram resgatados após as enchentes. Ainda não há detalhamento a respeito do número de bichos que morreram em decorrência da tragédia.
Outros casos envolvendo cavalos comoveram o Brasil. Em Canoas, Caramelo, como o animal ficou conhecido, mobilizou equipes de socorro e gerou a reação de autoridades e influenciadores. Após a repercussão do caso, uma pintura que retrata o animal foi leiloada por R$ 130 mil para ajudar as vítimas das inundações no estado.
O salvamento era considerado complexo por causa das condições físicas do animal, que estava há pelo menos quatro dias sem conseguir se alimentar e beber água.
O cavalo de 350 quilos foi deitado no bote e seguiu por quase meia hora em um percurso de quatro quilômetros até chegar no ponto seco da cidade.
Neste momento, o animal está se recuperando no Hospital Veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), na cidade de Canoas, para onde foi transportado.
Na terça-feira, 14, uma égua que estava presa no terceiro andar de um prédio residencial em São Leopoldo, no Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, foi resgatada após uma operação que durou cerca de 7h. O animal foi retirado pela janela com o trabalho de 15 pessoas.
Um vídeo publicado pelas redes sociais do governo do estado mostra a equipe se preparando para içar o animal pela janela do apartamento por meio de uma técnica chamada de tirolesa dinâmica. A égua foi vendada e sedada para a realização do resgate.
Um vídeo publicado pelas redes sociais do governo do estado mostra a equipe se preparando para içar o animal pela janela do apartamento por meio de uma técnica chamada de tirolesa dinâmica. A égua foi vendada e sedada para a realização do resgate.
Antes de ser retirada do prédio, a égua também foi alimentada e hidratada. Ainda não se sabe para onde será encaminhada.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a construção estava vazia e sem moradores devido à cheia do Rio Sinos que deixou mais de 10 mil pessoas desabrigadas no município e 100 mil desalojadas.
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