Publicado 19/06/2024 13:25 | Atualizado 19/06/2024 13:54
O procurador-geral da República Paulo Gonet denunciou a ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Bório por "ativa participação" nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ela publicou vídeos em meio à invasão e depredação no Congresso e confirmou aos investigadores ter participado da intentona antidemocrática. A reportagem do Estadão busca contato com a defesa.
PublicidadePamela — que foi casada com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) — é acusada de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, "com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado".
Segundo Gonet, a ex-primeira-dama da Paraíba "permaneceu unida subjetivamente aos integrantes do grupo e participou da ação criminosa que invadiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e quebrou vidros, cadeiras, painéis, mesas, móveis históricos e outros bens que ali estavam".
A acusada foi identificada a partir de uma notícia-crime na qual o PSOL encaminhou capturas de tela de stories publicados no Instagram de Pamela.
Em termo de declarações, ela indicou ser suplente de deputado federal e confirmou sua presença nos atos golpistas. Segundo imagens analisadas pela PGR, ela participou da investida antidemocrática junto de sua filha menor de idade.
"É incontroversa, portanto, a presença da denunciada nos atos antidemocráticos de 8.1.2023, no momento em que ocorria a invasão e depredação dos espaços públicos. Demonstrada, portanto, a ativa participação de Pâmela Monique Cardoso Bório nos atos antidemocráticos", concluiu Gonet.
A reportagem do Estadão busca contato com a defesa da ex-primeira-dama da Paraíba. E deixou espaço aberto para manifestação.
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