Homem destrói relógio histórico nos atos golpistasReprodução / Redes sociais
Publicado 21/06/2024 10:32 | Atualizado 21/06/2024 13:09
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta sexta-feira (21), para condenar por 17 anos de prisão Antônio Claudio Alves Ferreira, o homem que destruiu o relógio histórico do Palácio do Planalto durante os ataques golpistas do 8 de janeiro. Para decisão definitiva, os outros 10 membros da corte ainda precisam votar na sessão virtual.
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"Está comprovado, tanto pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, quanto pelas conclusões do Interventor Federal, vídeos e fotos realizados pelo próprio réu e outros elementos informativos, que Antonio Claudio Alves Ferreira, como participante e frequentador do QGEx e invasor de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, com emprego de violência ou grave ameaça, tentou abolir o Estado Democrático de Direito, visando o impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais por meio da depredação e ocupação dos edifícios-sede dos Três Poderes da República", afirmou Moraes, relator do caso, em seu voto. Antônio está preso desde janeiro de 2023.
O relógio, feito por Balthazar Martinot, foi um presente da Corte Francesa para a família real portuguesa, mais especificamente para o imperador Dom João VI. Ela estava no Brasil desde 1808 e ficava no terceiro andar do Palácio do Planalto, próximo ao gabinete do presidente. A peça, que teve ponteiros e uma estátua que ficava no seu topo arrancadas, está sendo restaurada pelo governo da Suíça.
Nos atos de 8 de janeiro de 2023, um grupo de manifestantes invadiu a sede dos Três Poderes, em Brasília, destruindo artefatos históricos, vidros e outros objetos. O episódio gerou desdobramentos como uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).
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