Publicado 11/07/2024 10:46 | Atualizado 11/07/2024 13:47
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 11, a 4ª fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas e desafetos políticos no governo Jair Bolsonaro (PL). Os agentes cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em pelo menos cinco cidades. Até o momento, quatro pessoas já foram presas.
PublicidadeOs mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e atingem endereços em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora (MG), Salvador e São Paulo. A PF já prendeu Mateus de Carvalho Spósito, Richards Pozzer, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues.
De acordo com a corporação, o grupo produziu notícias falsas e usou sistemas de posicionamento global (GPS) para rastrear celulares sem autorização judicial.
A PF também informou que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo."incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos", explica.
Os investigados, segundo a corporação, podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
A PF também informou que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo."incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos", explica.
Os investigados, segundo a corporação, podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
Veja quem são os alvos
- Marcelo Araújo Bormevet: agente da Polícia Federal desde 2005, está suspenso desde janeiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes na Operação Vigilância Aproximada (etapa anterior da Última Milha); Também é alvo de investigação da Controladoria Geral da União. Era chefe da Coordenação-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa da Abin e trabalhava com credenciamento de segurança e pesquisa para nomeações;
- Giancarlo Gomes Rodrigues: militar do Exército que fazia parte do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin; ele teria participado do monitoramento ilegal do advogado Roberto Bertholdo, próximo dos ex-deputados federais Rodrigo Maia e Joice Hasselmann;
- Richards Pozzer: artista gráfico indiciado na CPI da Covid por suposta disseminação de desinformação;
- Mateus de Carvalho Spósito: ex-assessor da Coordenação-Geral de Conteúdo e Gestão de Canais da Secretaria de Comunicação Institucional, também investigado na CPI da Covid.
Entenda
- Giancarlo Gomes Rodrigues: militar do Exército que fazia parte do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin; ele teria participado do monitoramento ilegal do advogado Roberto Bertholdo, próximo dos ex-deputados federais Rodrigo Maia e Joice Hasselmann;
- Richards Pozzer: artista gráfico indiciado na CPI da Covid por suposta disseminação de desinformação;
- Mateus de Carvalho Spósito: ex-assessor da Coordenação-Geral de Conteúdo e Gestão de Canais da Secretaria de Comunicação Institucional, também investigado na CPI da Covid.
Entenda
A primeira fase da Operação Última Milha foi deflagrada pela PF em outubro do ano passado. Na época, a corporação informou que investigava o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial por servidores da própria Abin.
"De acordo com as investigações, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos", destacou a PF à época.
"De acordo com as investigações, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos", destacou a PF à época.
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
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