Publicado 16/07/2024 09:59 | Atualizado 16/07/2024 11:37
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestou na noite desta quinta-feira (15) sobre a divulgação dos áudios de uma conversa gravada entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e as advogadas que o defendem no inquérito das "rachadinhas". O áudio foi liberado após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que retirou o sigilo da gravação que inclui o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
PublicidadeEm uma postagem na rede social X, o congressista afirmou que, nas gravações, Juliana Bierrenbach e Luciana Pires comunicaram suspeitas sobre um grupo com interesses políticos dentro da Receita Federal, que teria o objetivo de "prejudicar a ele e sua família".
No áudio divulgado o ex-presidente Jair Bolsonaro pergunta se deveria supostamente acionar o ex-ministro Gustavo Canuto, que à época atuava na Dataprev, órgão de processamento de dados do governo. "É o caso conversar com o Canuto?" questionou. A advogada de Flávio concordou: "Com um clique. Olha, em tese, com um clique você consegue saber se um funcionário da Receita [inaudível] esses acessos lá."
De acordo com Flávio, não houve interferência. "O próprio presidente Bolsonaro fala na gravação que não tem jeitinho e diz que tudo deve ser apurado dentro da lei. E foi exatamente assim que foi feito", disse.
De acordo com Flávio, não houve interferência. "O próprio presidente Bolsonaro fala na gravação que não tem jeitinho e diz que tudo deve ser apurado dentro da lei. E foi exatamente assim que foi feito", disse.
O senador se referiu a um trecho da conversa em que o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que era "o caso de conversar com o chefe da Receita". "Ninguém tá pedindo favor aqui. [inaudível] é o caso conversar com o chefe da Receita. O Tostes (José Barroso Tostes Neto)."
Ele ainda questionou se supostas denúncias envolvendo a Receita Federal, e que teriam sido mencionadas nas gravações, foram devidamente apuradas. "Que eu saiba até hoje nada", concluiu.
Ele ainda questionou se supostas denúncias envolvendo a Receita Federal, e que teriam sido mencionadas nas gravações, foram devidamente apuradas. "Que eu saiba até hoje nada", concluiu.
Abin Paralela
Segundo as investigações, a conversa, gravada por Ramagem, ocorreu em agosto de 2020 e foi mencionada no relatório da investigação conhecida como "Abin Paralela", divulgado na semana passada. O áudio, com duração de 1h08min, estava sob segredo de Justiça e, de acordo com a Polícia Federal, está relacionada ao uso ilegal da Abin para obter informações sobre o inquérito no qual Flávio Bolsonaro foi investigado por "rachadinha" durante seu mandato como deputado estadual. Em 2021, essa apuração foi anulada pela Justiça.
Durante a reunião gravada, as advogadas Juliana Bierrenbach e Luciana Pires discutiram estratégias para obter informações sobre a investigação envolvendo o senador na Receita Federal e no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Em um trecho do áudio, Bolsonaro e Heleno expressaram preocupação com o vazamento da conversa.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, aparentemente desconfiado de estar sendo gravado, afirmou que não queria "favorecer ninguém", enfatizando a legalidade das ações. "Tá certo. E deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém está gravando alguma coisa, que não estamos procurando favorecimento de ninguém", disse Bolsonaro.
A gravação também revela que as advogadas do senador acreditavam que havia uma "organização criminosa" dentro da Receita com a finalidade de "destruir desafetos e inimigos" por razões políticas ou financeiras. Elas buscaram obter provas dessa atuação para pedir a nulidade do inquérito contra Flávio Bolsonaro.
Com a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, defendeu o ex-presidente, argumentando que a conversa "só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e o seu povo", disse.
Segundo as investigações, a conversa, gravada por Ramagem, ocorreu em agosto de 2020 e foi mencionada no relatório da investigação conhecida como "Abin Paralela", divulgado na semana passada. O áudio, com duração de 1h08min, estava sob segredo de Justiça e, de acordo com a Polícia Federal, está relacionada ao uso ilegal da Abin para obter informações sobre o inquérito no qual Flávio Bolsonaro foi investigado por "rachadinha" durante seu mandato como deputado estadual. Em 2021, essa apuração foi anulada pela Justiça.
Durante a reunião gravada, as advogadas Juliana Bierrenbach e Luciana Pires discutiram estratégias para obter informações sobre a investigação envolvendo o senador na Receita Federal e no Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Em um trecho do áudio, Bolsonaro e Heleno expressaram preocupação com o vazamento da conversa.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, aparentemente desconfiado de estar sendo gravado, afirmou que não queria "favorecer ninguém", enfatizando a legalidade das ações. "Tá certo. E deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém está gravando alguma coisa, que não estamos procurando favorecimento de ninguém", disse Bolsonaro.
A gravação também revela que as advogadas do senador acreditavam que havia uma "organização criminosa" dentro da Receita com a finalidade de "destruir desafetos e inimigos" por razões políticas ou financeiras. Elas buscaram obter provas dessa atuação para pedir a nulidade do inquérito contra Flávio Bolsonaro.
Com a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, defendeu o ex-presidente, argumentando que a conversa "só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e o seu povo", disse.
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