Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista à rádioReprodução
Publicado 06/09/2024 13:05 | Atualizado 06/09/2024 14:00
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que deve tomar, ainda nesta sexta-feira, 6, uma decisão sobre a permanência do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, no governo, a partir de conversas com ministros que devem ocorrer nesta tarde. 
Publicidade
O chefe do executivo defendeu o "bom senso" antes de definir destino de Almeida.  "O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, ele tem o direito de se defender"

A declaração ocorreu em entrevista à rádio Difusora Goiânia, na manhã desta sexta-feira, após a organização não-governamental Me Too Brasil ter informado, em nota, na quinta-feira (5) que recebeu denúncias de que Almeida teria cometido assédios sexuais.

"É isso o que vou decidir hoje à tarde", afirmou. "Vou tomar uma decisão, porque é o seguinte: o governo precisa de tranquilidade".
Lula continuou: "o país está indo bem, as coisas estão funcionando bem, a economia está crescendo, o emprego está crescendo, o salário está crescendo, o nosso comércio exterior está crescendo. Só de mercados novos para os produtos brasileiros, foram abertos 183 novos mercados em apenas 19 meses Eu não vou permitir que um erro pessoal de alguém, um equívoco de alguém, vá prejudicar o governo".

Na sequência, Lula disse querer "paz e tranquilidade" e afirmou que "assédio não pode coexistir com a democracia, com os direitos humanos e, sobretudo, com o respeito ao subordinado".

Não houve apresentação de provas sobre os relatos de assédio. Em nota e em vídeo em redes sociais, o ministro afirmou que as denúncias são falsas e que está sendo vítima de perseguição.

De acordo com o governo federal, a Comissão de Ética da Presidência da República vai apurar as denúncias. O Palácio do Planalto declarou que Almeida foi chamado para dar explicações sobre o caso.

O Planalto não fez referência à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Segundo o site Metrópoles, a ministra também teria sido vítima de assédio. Ela não se manifestou.
Leia mais