Publicado 14/02/2023 16:21
O funk voltou a causar no plenário da Alerj — e, desta vez, com direito a pedido de votação nominal. Na semana passada, a polêmica ficou por conta da concessão da Medalha Tiradentes ao DJ Marlboro, enquanto, nesta terça-feira (14), a pauta era a entrega do prêmio Cidadania, Direito e Respeito à Diversidade à cantora Ludmilla.
O bolsonarista Alan Lopes (PL) foi quem levantou a bola, lendo trechos de "Socadona" e "Verdinha" — que já tinha sido alvo nas redes de direita na época do lançamento. O deputado inclusive acusou a cantora de cometer crime na música, ao supostamente "fomentar" a venda de drogas.
Renata Souza (PSOL) defendeu a homenagem, argumentando que Ludmilla reporta a realidade de comunidades, além de lembrar de projetos sociais dos quais a cantora faz parte, como Viver a Dança, no Morro da Casa Branca.
Em meio às muitas declarações de abstenção e de votos contrários, coube a Samuel Malafaia (PL) pedir mudança no tipo de votação. O padrão é que projetos sejam aprovados por aclamação — ou seja, apenas os votos contrários e abstenções ficam registrados. Com a votação nominal, a sessão pode ser derrubada se não houver quórum, como também pode levar o projeto ao arquivo, no caso de os votos favoráveis serem minoria.
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