Publicado 06/05/2020 16:35
O programa de desestatização estudado pela Secretaria da Casa Civil e Governança é apontado pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal do Estado do Rio como uma das medidas necessárias para salvar as finanças fluminenses. Hoje, uma das integrantes do comitê, Sarah Tarsila, defendeu, em audiência virtual da Alerj, privatizações de algumas empresas. E citou recente relatório do conselho, que aponta o gasto total de cerca de R$ 1,5 bilhão pelo Tesouro estadual com 14 estatais, ao longo de três anos (2017, 2018 e 2019).
Estão nessa lista do relatório a Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central) e a Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado (Riotrilhos), que, segundo declarou à coluna o secretário da Casa Civil, André Moura, já estão no programa de desestatização que ele apresentará. A Companhia de Turismo do Estado (TurisRio), que está nos planos de privatização do governo, também foi incluída no relatório.
O Conselho de Supervisão indicou ainda a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater), Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Companhia Estadual de Habitação do Estado (CEHAB), Empresa de Pesquisa Agropecuária (Pesagro), Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado (Codin), Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa), Companhia de Armazéns e Silos do Estado (Caserj), além de mais quatro que já estão em liquidação. São elas a Empresa Estadual de Viação (SERVE), a Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro (METRO), a Companhia Fluminense de Trens Urbanos (Flumitrens) e a Companhia de Transportes Coletivos (CTC).
'Modernização da máquina estadual'
Sarah Tarsila participou da reunião da Comissão de Economia da Alerj, assim como o secretário da Casa Civil André Moura. Tarsila defendeu que o Legislativo aprove medidas de equilíbrio fiscal, como as privatizações.
O titular da Casa Civil vem defendendo as desestatizações como forma de reduzir os gastos públicos e "modernizar a máquina". Moura já disse à coluna que "é preciso diminuir o tamanho da máquina do estado": "Nossa realidade não comporta a máquina que temos. Ela é pesada, é inviável".
"Estamos fazendo uma luta por determinação do governador para manter salários em dia, temos queda de receitas... não temos que manter essa máquina ultrapassada, grande, pesada e difícil de colocar pra funcionar. Tem que modernizá-la, torná-la mais leve e com mais resultados para a população. Se não, chegaremos a um momento que não teremos como pagar a folha (do funcionalismo)", defendeu Moura, em entrevista à coluna no dia 21 de abril.
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