Publicado 24/06/2021 16:46
Há 65 dias, familiares e amigos realizam buscas para encontrar o aposentado Ariosvaldo Martins da Costa, de 70 anos, que desapareceu após sair de casa, em Miguel Couto, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O idoso, que mora com duas irmãs, saiu sem os documentos e não portava aparelho celular.
De acordo com familiares, Ariosvaldo sofre de problemas de visão e bipolaridade, mas não vinha tomando remédios controlados. Apesar das deficiências físicas, o aposentado mantinha a rotina doméstica e tem boa memória. A possibilidade de ter sofrido um surto psicótico não foi descartada por familiares.
Divorciado e pai de quatro filhos, o aposentado, conforme familiares, passava por dificuldades financeiras após ter o benefícios sociais bloqueados devido a perda dos documentos. Ele saiu de casa, por volta das 10h do último dia 20 de abril, sem avisar o destino, e nunca mais retornou ou deu notícias.
A família já realizou buscas em unidades de saúde, abrigos, ruas, praças da região e em institutos de medicina legais. “Estamos abalados, mas não desistimos das buscas. Apesar das deficiências e de estar sem os documentos, meu irmão tem boa memória. Pedimos o apoio de todos. Caso alguém o veja, por favor, comunique à polícia ou avise às instituições competentes”, disse, emocionada, a psicóloga Ana Alice da Costa Souza, de 60 anos.
Investigações- O caso foi registrado na 58ª DP (Posse) e encaminhado ao Setor de Descobertas de Paradeiros (SDP), na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Informações sobre o paradeiro do aposentado Ariosvaldo Martins podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177) ou à DHBF, que deixa à disposição da população o telefone (21) 98596-7442 (whatsapp) e ressalta a importância da colaboração com informações e denúncias, com garantia de total anonimato.
Baixada registra maior número de desaparecimentos no Estado
De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), nos primeiros cinco meses de 2021, ocorreram 1.567 desaparecimentos de pessoas, no Estado do Rio de Janeiro. No mesmo período, a Baixada Fluminense registrou o maior número de sumiços, com 477 ocorrências. As Zonas Norte e Oeste do Rio apontaram 383 casos, seguidos da Capital, com 259. As regiões Metropolitana e dos Lagos têm 223 registros, o Sul-Fluminense, 90; o Norte-Fluminense e a Região Serrana, com 83 e 52 casos, respectivamente, registram o menores números de sumiços.
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