Rio - Britney Spears tenta encerrar a tutela há anos, segundo documentos obtidos pelo New York Times. Em registros judiciais divulgados pelo jornal, a cantora expressou forte oposição à tutela e ao papel do pai, James P. Spears, como tutor. 

O pai de Britney e um advogado assumiram o controle dos assuntos pessoais e financeiros da cantora, após a hospitalização dela em uma ala psiquiátrica em 2008.

Em 2019, Britney participou de uma audiência fechada e leu uma declaração. A cantora afirmou que foi internada à força em uma clínica psiquiátrica, o que ela acreditou ser uma 'punição' por se impor durante um dos ensaios.

A cantora também alegou que foi obrigada a trabalhar enquanto estava doente e com uma febre de 40 graus. Segundo a estrela, esse foi um dos momentos mais assustadores da vida.

De acordo com um relatório de 2016, escrito por um investigador do tribunal, Britney afirmou querer que a tutela acabasse o mais rápido possível, classificando-a como uma "ferramenta opressora e controladora usada contra ela". "Ela está 'cansada de ser explorada' e disse que é ela quem trabalha e ganha o próprio dinheiro, mas que todos em sua volta estão em sua folha de pagamento", diz o documento.

Nos documentos, Britney disse que o pai controlava suas amizades e a proibiu de renovar os armários de sua cozinha, dizendo que muito dinheiro seria gasto na reforma. Além disso, tinha que fazer exames toxicológicos diversas vezes por semana e seu cartão de crédito era controlado por sua equipe de segurança ou assistente. 

Em audiência fechada em 2014, o advogado de Spears disse que a cliente queria explorar a remoção do pai como tutor. A artista teria apresentado uma 'lista de queixas', que incluíam objeções ao consumo de bebida alcoólica, o comportamento e o limite que James imponha ao dinheiro que Britney recebia, que era apenas de uma mesada semanal.