Rio - Marília Mendonça foi a primeira grande artista a cancelar shows no ano passado, assim que a pandemia chegou ao Brasil. Preocupada com a saúde dos fãs, a cantora, que morreu nesta sexta-feira aos 26 anos, vítima de um acidente aéreo, insistiu para que suas apresentações fossem canceladas assim que soube da primeira morte por covid no país. 

A decisão de cancelar os shows, que traz muitos prejuízos econômicos, não agradou aos outros artistas na época, mas Marília manteve sua decisão. "A gente enfrentou diversos processos por conta disso, sem falar da galera do ‘meio’ que não gostou. Porque ninguém estava entendendo direito o que estava acontecendo, era em março ainda, e a gente enfrentou isso aí. Nós fizemos e foi a melhor coisa a se fazer", disse a cantora sertaneja, em outubro, em entrevista coletiva.

"A palavra gratidão veio muito na minha cabeça também. E eu ainda falaria que ter a vida hoje, saúde, é um grande privilégio. Em muitos momentos eu cheguei a imaginar que a gente não ia voltar, que não ia funcionar mais, que não ia dar certo, que as pessoas não sentiam minha falta, que não sentiam falta dos shows e que meu momento tinha passado. Mas isso é coisa da cabeça, a gente fica ansioso e todo mundo ficou um pouco perdido. E a palavra gratidão representa muito isso, por eu ter esse privilégio, eu sou a mulher mais grata do mundo", completou a cantora na ocasião.

Marília Mendonça estava ansiosa para a turnê 'As Patroas', que faria com Maiara e Maraísa em 2022. Logo após a morte da cantora, o site que vendia ingressos dos shows, alguns com lotes já esgotados, tirou toda a divulgação da turnê do ar.