Publicado 06/06/2022 09:21 | Atualizado 06/06/2022 10:23
Rio - Anitta usou as redes sociais, na noite do último domingo, para falar rapidamente sobre ter seu nome envolvido em discussões acerca de pagamentos milionários por shows de cantores sertanejos com dinheiro público. Em entrevista recente ao "Fantástico", a cantora citou o assunto, mas afirmou não querer se prolongar nisso.
"Não falei nada demais. A entrevista foi sobre o lançamento da minha estátua no museu de cera, esse é o assunto principal. Em um momento foi perguntando sobre isso e eu respondi com sinceridade. Não me lembro exatamente o que falei. Cinco minutos antes de começar essa entrevista, quando estava fazendo uma brincadeira com meus amigos, acabei recebendo e olhando uma mensagem de uma notícia ruim, não esperada, então não estava nem naquela órbita naquele momento", esclareceu Anitta, via stories no Instagram.
"O que quero falar é que não quero criar polêmica com esse assunto, não tenho nada contra sertanejos, não acho que tenha que ser criada CPI contra sertanejos, acho que devem ser criadas mais investigações contra corrupção num geral no nosso país", afirmou.
"Vi que estão falando muito sobre o trecho em que digo que já foi oferecido... Claro que já, eu, você, todos nós já tivemos pessoas oferecendo propostas que não são éticas e vai de cada pessoa concordar ou não com cada proposta que é feita. 'Por que você não denunciou?' Porque as coisas não funcionam assim, precisa ter prova, precisa ter colhões", continuou a cantora.
"Não tem que generalizar porque acho que existem pessoas de bem e do mal em todas as profissões, todos os ritmos. Tenho amigos do sertanejo, já cantei sertanejo, respeito o ritmo e sua história. Não estou nesse momento com cabeça para jogar merd* no ventilador. Naquele momento não estava nem pensando em nada. De verdade, não tem nada demais. Eu vou desligar meu telefone, pretendo estar fora das redes sociais por um tempo a não ser que um milagre aconteça, caso contrário não me peçam para entrar, para falar, debater."
"Não desejo mal de ninguém, desejo o fim da corrupção. Verba de entretenimento é importante sim, eu já fiz show de prefeitura - claro, em valores justificáveis - e existem cidades que nunca tiveram oportunidade de ter acesso a muitas coisas, então não vamos generalizar. Cada caso é um caso que deve ser estudado da maneira que for. Acho sim, que toda cidade deve ter sua verba de entretenimento usado de maneira justa. Não tem polêmica, não falei mal de ninguém, não é isso que quero. Não ataquei e não vou atacar. Achei engraçado que a pessoa foi fazer graça comigo e depois a vida virou um tormento? Achei e continuo achando, mas enfim, não falei nada demais. Agora só quero paz", concluiu.
ENTENDA O ASSUNTO
A questão começou quando o cantor Zé Neto disse, durante um show, que ele e o parceiro, Cristiano, não dependiam da Lei Rouanet para financiar seus espetáculos, pois seus ganhos eram garantidos por meio de venda de ingressos. "A gente não precisa fazer tatuagem 'no toba' para mostrar se está bem ou não. A gente simplesmente vem aqui e canta", disse em um show.
Os comentários do cantor deram a entender que ele se referia à Anitta, pois a cantora havia comentado publicamente sobre ter feito uma tatuagem íntima. Famosos e fãs da cantora rebateram o sertanejo, e passaram a publicar supostos contratos de shows da dupla que foram pagos com dinheiro público.
As declarações também deram início ao debate acerca de verbas destinadas a apresentações artísticas em algumas regiões do Brasil. Com isso, sertanejos, apontados por cobrar cachês milionários para realizar shows em cidades pequenas, viraram alvos do Ministério Público, e tiveram futuras apresentações canceladas.
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