Publicado 27/06/2022 09:33
Rio - O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) e o Hospital e Maternidade Brasil anunciaram que abriram uma sindicância para investigar o vazamento de informações sobre Klara Castanho, de 21 anos. A atriz disse, neste sábado, dia 25, que foi ameaçada por uma enfermeira após dar à luz um bebê, fruto de uma violência sexual. Ela, que decidiu entregar a criança para adoção, também afirmou ter recebido ligações de jornalistas, após a história vazar.
Em nota, enviada ao 'Fantástico', da TV Globo, o Hospital se solidarizou com Klara e informou que vai investigar o caso: "O Hospital Brasil tem como princípio preservar a privacidade de seus pacientes, bem como o sigilo das informações do prontuário médico. O hospital se solidariza com a paciente e familiares e informa que abriu uma sindicância interna para apuração desse fato".
Neste domingo, o Coren-SP também se manifestou: "Compete ao Coren-SP apurar as situações em que haja infração ética praticada por profissional de enfermagem e adotar as medidas previstas no Código de Processo Ético dos Conselhos de Enfermagem (Resolução Cofen nº 370/2010). Nesse sentido, o conselho seguirá os ritos e adotará os procedimentos necessários para a devida investigação, como ocorre em toda denúncia sobre o exercício profissional. Assim, o Coren-SP ressalta a cautela necessária sejam tomadas as medidas corretas para a apuração dos fatos", diz um trecho do comunicado.
"O conselho manifesta sua solidariedade à atriz e reafirma seu compromisso cotidiano com a ética profissional da enfermagem e com a segurança da assistência prestada pela categoria. Tão logo venha a dispor das informações necessárias para a investigação, o Coren-SP reforça que todos os procedimentos para apuração serão devidamente realizados", destacou o órgão.
Entenda o caso:
Klara Castanho revelou ter engravidado após estupro e entregue a criança à adoção, seguindo os trâmites legais, através de uma carta aberta publicada no Instagram, neste sábado, dia 25. Em seu desabafo, ela disse ter sido ameaçada por uma enfermeira.
"No dia em que a criança nasceu, eu, ainda anestesiada do pós-parto, fui abordada por uma enfermeira que estava na sala de cirurgia. Ela fez perguntas e ameaçou: 'Imagina se tal colunista descobre essa história'. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era para supostamente me acolher e proteger. Quando cheguei no quarto já havia mensagens do colunista, com todas as informações. Ele só não sabia do estupro. Eu ainda estava sob o efeito da anestesia. Eu não tive tempo para processar tudo aquilo que estava vivendo", contou a artista.
A atriz precisou vir a público após Antonia Fontenelle expor seu caso em uma live no YouTube. Na última sexta-feira, a apresentadora citou uma entrevista em que o colunista Leo Dias fala sobre uma atriz da Globo que teria rejeitado o filho logo após o nascimento do bebê. A jovem chegou a ficar entre os assuntos mais comentados das redes sociais no fim de semana, enquanto internautas levantavam suspeitas de que ela fosse a famosa em questão.
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