Publicado 22/11/2022 14:17
Rio - O cantor Erasmo Carlos, de 81 anos, que morreu nesta terça-feira, passou cerca de 12 dias internado no CTI por conta de complicações da covid-19, em agosto do ano passado. Em entrevista ao DIA, em maio deste ano, Erasmo falou sobre o medo de não voltar aos palcos.
"Eu tinha esquecido dessa emoção. Passei 12 dias com covid no CTI do hospital e senti bastante na pele. Eu disse: 'de repente, eu não volto mais, não vou mais ter essa sensação'. Então, está sendo difícil (voltar aos palcos) porque na recuperação eu faço aulas de fisioterapia, fonoaudiologia, aulas até de instrumentos para eu me familiarizar de novo e tudo mais. Requer equilíbrio. São fatores que você vai fazendo exercícios, vai fazendo as coisas e elas vão voltando lentamente", afirmou na ocasião.
Erasmo vinha rodando o Brasil com a turnê "Erasmo Carlos - O Futuro Pertence à Jovem Guarda". Ele contou o que o levou a homenagear a Jovem Guarda em sua nova turnê. "Eu quis homenagear a frase 'O futuro pertence à jovem guarda'. Essa frase serviu de inspiração pro nome do programa 'Jovem Guarda', que é um programa que todos conheceram, que revolucionou os anos 60, mudando o comportamento musical e social do país", afirma.
"Mas eu vejo o álbum mais (do que a turnê) nessa frase. Essa frase foi dita pelo Lenin (revolucionário russo Vladimir Lenin), e ela quer chamar atenção sobre a jovem guarda, a nova geração. Os bebezinhos que estão nascendo, as novas gerações que estão chegando aí. E a gente não está cuidando dessas novas gerações, não estamos dando prioridade à Educação, à Saúde, coisas que precisam (ser priorizadas) para tentar fazer um mundo melhor. A gente não está cuidando do planeta para entregar para eles prosseguirem na missão. Vamos cuidar da jovem guarda, vamos fazer um mundo melhor para todos conviverem em paz e harmonia", pediu o cantor.
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