50 Cent está produzindo documentário sobre P. DiddyReprodução/Instagram / AFP
Publicado 26/09/2024 18:45
Rio - O complexo caso que envolve as acusações de tráfico sexual, extorsão e abuso contra o rapper Sean 'Diddy' Combs, também conhecido por P. Diddy, vai virar documentário da Netflix. A série documental, que já está em fase de produção, será dirigida por Alexandria Stapleton e produzida pelo rapper 50 Cent.
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À revista Variety, 50 Cent, que cultiva um desafeto com P. Diddy, falou sobre a concepção do documentário. "Esta é uma história com impacto humano significativo. É uma narrativa complexa que abrange décadas, não apenas as manchetes ou clipes vistos até agora", disse. "Continuamos firmes em nosso compromisso de dar voz aos sem voz e apresentar perspectivas autênticas e diferenciadas", seguiu.
No entanto, o rapper deixou claro que a história de P. Diddy não pode ser confundida com a cena do hip-hip americano. "Embora as alegações sejam perturbadoras, pedimos a todos que se lembrem de que a história de Sean Combs não é a história completa do hip-hop e sua cultura. Nosso objetivo é garantir que ações individuais não ofusquem as contribuições mais amplas da cultura", afirmou.
A primeira vez que 50 Cent havia falado sobre produzir este documentário foi em dezembro do ano passado, quando Diddy foi processado por quatro mulheres diferentes , começando pela ex-namorada Cassie Ventura. Na ocasião, o rapper revelou que todos os lucros arrecadados com a produção seriam destinados para vítimas de violência sexual.
"A renda deste documentário irá para vítimas de agressão sexual e estupro”, escreveu 50 no X, antigo Twitter, junto com um clipe do documentário na época. Na filmagem, o ex-rapper da Bad Boy Records Mark Curry descreveu as perigosas cenas de festa supostamente encorajadas por Combs e sua comitiva, lembrando especificamente como Combs batizava garrafas de champanhe em suas festas para as mulheres beberem. Curry disse que as mulheres não sabiam que estavam sendo drogadas e se tornaram “muito, muito escorregadias”.
Sean Combs foi preso no dia 16 de setembro, acusado de atividades ilícitas que incluem tráfico sexual, agressão e associação criminosa. Entre as diversas acusações, estão as festas privadas que o rapper era conhecido por dar, as "freak-offs", regadas de sexo coagido, violência e uso de drogas, podendo durar dias, deixando os participantes tão exaustos que precisavam utilizar fluídos intravenosos para se recuperar.
Segundo as denúncias, Combs escalava pessoas com a função de gravar vídeos dos encontros e usava o material para chantagear os integrantes e os impedir de reclamar. As maratonas sexuais contavam com equipes de limpeza para encobrir os danos nas suítes de hotéis de luxo, espalhados por todo os Estados Unidos.
Considerado um magnata do hip-hop, Diddy é um dos grandes nomes da indústria fonográfica americana. Ele é rapper, produtor musical e empresário, e teve grande influência no estrelato de artistas como Usher, Mary J. Blige, Mariah Carey e The Notorious B.I.G.
O círculo social de Diddy é badalado, tendo sido associado ao longo dos anos a várias figuras poderosas da indústria, como Jay-Z, Beyoncé, Ashton Kutcher, Naomi Campbell e Leonardo DiCaprio.
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