Publicado 08/08/2021 13:29
Neste domingo comemoramos mais um Dia dos Pais e eu não poderia perder a chance de falar sobre livros que abordam a figura paterna aqui na coluna. Confesso que foi difícil selecionar os títulos, não recordava de muitos livros sobre o assunto. Quando falamos sobre a relação mãe e filha me vem logo a mente Eliane Brum e seu "Uma Duas", Elena Ferrante e seu "A Filha Perdida" e por aí vai... Mas penei um pouco para lembrar de livros com foco na figura paterna. Existem, com certeza, milhares de outros livros que abordam a relação pai e filho. Aqui deixo apenas o registro de alguns pais da literatura sobre os quais gostei muito de ler:
Vamos começar então falando de um lançamento, o livro "Crônicas de Pai", do fotógrafo e colunista Leo Aversa. O livro é uma delícia de ler, muito rápido, crônicas curtas e divertidas que abordam a relação do autor com o filho, Martín, e com o pai, que sofre de Alzheimer. São crônicas muito engraçadas e leves, que retratam o dia a dia de Leo, como a vez em que precisou matar uma barata voadora ou a ocasião em que gostaria de levar o filho a um show de rock, mas o menino preferiu assistir a um show de youtuber. Vale muito a pena.
Quando falamos de pais da literatura, eu como boa fã de Jane Austen, não poderia deixar de falar de "Orgulho e Preconceito" e do maravilhoso Sr. Bennet. O Sr. Bennet é um pai muito culto, que ama ler, e muito sarcástico. Muito de seu temperamento passou para sua filha preferida, Elizabeth Bennet, a protagonista do livro.
Outro pai que marcou a minha vida de leitora é ninguém mais ninguém menos que Don Vito Corleone. Sim, ele mesmo, "O Poderoso Chefão", de Mario Puzzo. Don Corleone é um homem que dá muito valor a família e quer manter todos os filhos sempre em segurança e sempre por perto. E ele é capaz de tudo para isso.
"Mas permitam-me dizer isso: sou um homem supersticioso, um defeito ridículo, mas devo confessá-lo aqui. E, assim, se algum acidente infeliz ocorrer ao meu filho caçula, se algum oficial da polícia acidentá-lo, baelá-lo, se ele se enforcar na prisão, se novas testemunhas aparecerem para depor contra ele, minha superstição me fará sentir que foi resultado da má vontade que algumas pessoas aqui presentes ainda alimentam a meu respeito. Permitam-me que eu vá mais longe. Se meu filho for atingido por um raio de relâmpago, culparei algumas das pessoas aqui presentes... Senhores, essa má vontade, esse azar, eu jamais esquecerei" (Don Vito Corleone)
Outro paizão, capaz de tudo pelos filhos, é Ned Stark, de "A Guerra dos Tronos", primeiro livro das "Crônicas de Gelo e Fogo", de George R. R. Martin. Eddard Stark é um homem íntegro, que dá muito valor à honra, à sua palavra e que também faz tudo pela família e pelos filhos. Não deu muito certo, né... Mas ninguém pode dizer que ele não tentou.
Para finalizar, outro pai marcante da literatura e que não poderia ficar de fora desta lista é Jack Torrance, de "O Iluminado", de Stephen King. Agora entramos na categoria de pais problemáticos. Jack Torrance é um escritor frustrado que tem sérios problemas com álcool e controle da raiva, que aceita a proposta de trabalhar como zelador do hotel Overlook durante o período de inverno. Isolado no local com a mulher e o filho, a cabeça de Jack fica ainda mais atormentada com as forças sobrenaturais existentes no local.
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