Por rafael.nascimento

Rio - A queda de vagas de empregos formais está fazendo com que milhares de pessoas acabem se submetendo ao incerto mercado informal, com rendimentos mais baixos e sem qualquer tipo de estabilidade econômica.

Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou um corte de 226 mil vagas com carteira assinada e outros 259 mil casos de pessoas que deixaram de trabalhar por conta própria entre o primeiro e o segundo trimestres de 2016. Em contrapartida, foram criados 668 mil postos de trabalho informal no período. A pesquisa foi baseada em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o economista Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os dados refletem o aumento das desigualdades sociais no país. “As pessoas mais pobres estão sofrendo mais. Não há nenhum sinal de melhora no mercado de trabalho. Também há as dificuldades dos pequenos empresários, que precisam lidar com a falta de cliente e com o excesso de concorrência”, analisa.

Daniela do Lago, coach de carreira, acredita que o novo cenário exige uma constante busca por qualificação e uma mudança de postura dos profissionais. “A qualificação está cada vez mais importante. Apenas 7% da população tem nível universitário. Nesse momento de crise, é importante que seja feito um trabalho com excelência”, avalia.

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