Por marlos.mendes

Rio - Após 31 dias de paralisação, os funcionários de bancos privados e do Banco do Brasil no Rio decidiram nesta quinta-feira, em assembleia, encerrar a greve da categoria e voltar hoje ao trabalho. Eles aceitaram reajuste de 8%, mais abono salarial de R$ 3,5 mil, correção de 15% no vale alimentação, de 10% no vale refeição e sobre o auxílio creche-babá, oferecidos pela Federação Nacional dos Bancos (Febraban).

No entanto, os trabalhadores da Caixa Econômica Federal no Rio rejeitaram a proposta dos bancos e permanecerão com os braços cruzados, sem previsão de retorno ao trabalho. A greve começou no dia 6 de setembro.

O acordo foi considerado condizente com a realidade do país pela presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso. “Não é o melhor acordo do mundo, mas diante das conjunturas política e econômica atuais, é um avanço”, avalia.

Entre as conquistas da categoria após o embate está a garantia para 2017, do reajuste salarial tendo como base a reposição da inflação pelo INPC, mais 1% de aumento real e abono total dos dias parados para trabalhadores.

A partir de agora, a vida voltará ao normal para o aposentado Jair da Silva, 72 anos. Ele é um dos muitos clientes que não teve acesso ao banco durante a paralisação. A solução para quitar as contas de luz e de telefone foi procurar uma casa lotérica. “Atrapalhou muito essa greve e foi longa”, reclamou.

Jair afirma que prefere resolver as questões bancárias na agência. “Não sou bom com tecnologia, eu prefiro ir no banco e falar com o gerente e atendentes”, explica. 

Reportagem de Ana Paula Silveira

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