Por thiago.antunes
Rio - A energia é um fator essencial para o desenvolvimento de um país. A busca de formas mais econômicas e sustentáveis de produzi-la e consumi-la deve ser uma prioridade para o Brasil e também para os demais países da América do Sul.

A integração energética regional é uma opção importante diante da crise alimentada pela derrubada dos preços do petróleo e a crescente exigência de sustentabilidade, reforçada pelos acordos da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21). O Brasil tem vantagens que o credenciam e impulsionam a liderar esse movimento.

A questão é garantir atendimento à demanda crescente%2C que deve dobrar nos próximos 12 anos Divulgação

A grande questão energética do mundo é garantir atendimento à demanda crescente, que deve dobrar nos próximos 12 anos. É preciso incluir mais de 1 bilhão de pessoas sem acesso à eletricidade, reduzindo a emissão de carbono. Este trilema combina pontos como segurança, equidade energética e sustentabilidade socioambiental.

O Brasil vem caminhando bem nas duas últimas premissas, pois assegurou a universalização do acesso à energia e tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com geração predominantemente hidrelétrica e muito potencial eólico e solar.
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Esse é um quadro completamente diferente dos Países desenvolvidos, onde a geração ainda é, em sua maioria, dependente de usinas termelétricas à base de combustíveis fósseis, como óleo combustível e carvão.
O desafio maior brasileiro é o terceiro pilar: a segurança energética. O Brasil tem hoje um sistema elétrico interligado que envolve geradoras, transmissoras e distribuidoras em todo o território nacional. Mas reforçar a segurança energética exige também maior integração com os países vizinhos.
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Alguns avanços ocorreram desde a experiência bem-sucedida da Itaipu Binacional. A tendência atual é de participação cada vez maior da iniciativa privada nesses projetos, o que coloca a necessidade de uma regulação capaz de garantir segurança aos investidores.
Com essa base legal, a América do Sul avançará, com segurança energética, rumo ao seu desenvolvimento econômico e social.
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Sérgio Malta é presidente do Conselho de Energia da Firjan