Rio - Enquanto Pezão tenta articular na Câmara Federal a aprovação do projeto de lei complementar que cria o regime de recuperação fiscal dos estados, o relator da proposta, deputado Pedro Paulo Carvalho (PMDB-RJ), também faz um trabalho para compor a base e ter maioria para aprovação do texto. O parlamentar disse ainda à coluna que a proposta será votada na semana que vem.
Como o regime de urgência já foi aprovado pela Casa, o projeto seguirá ao plenário sem parecer das comissões. Por isso, as alterações ao texto já estão em fase de acordo com o governo federal — autor da proposta.
O peemedebista pretende flexibilizar as contrapartidas, mas não as referentes aos servidores. O argumento é de que o Rio mal consegue pagar os salários, e não tem como honrar com aumento real (acima da inflação) e criação de mais cargos.
Com isso, as contrapartidas que exigem aumento da alíquota previdenciária para 14% e congelamento salarial, entre outras, serão mantidas.
Já Pezão tenta acelerar a votação na Câmara. “O presidente (Rodrigo Maia, DEM-RJ) disse que será a próxima pauta. Conversei com quase todos os líderes e fiz um apelo para que votem rápido. Acredito que estamos chegando a um consenso” disse Pezão, apoiando a manutenção das contrapartidas para evitar veto presidencial ao projeto. Mas a promessa é de muita resistência com protestos dos servidores, caso as medidas sejam aprovadas.