São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) retoma o pato inflável, símbolo da campanha da entidade no ano passado contra aumento de impostos, para um recado dirigido ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Na quarta-feira, o ministro deixou clara a necessidade de elevar tributos para fechar as contas deste ano e garantir o cumprimento da meta fiscal.
Em anúncios publicados nesta sexta-feira, na imprensa, com o título "O que é isso, ministro?", a Fiesp afirma que "causa total indignação a fala do ministro da Fazenda, que preanuncia aumento de impostos". O texto considera a medida "descabida", pois vai na "contramão do momento brasileiro".
Em entrevista nesta quinta-feira à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, reforçou ser contrário ao aumento de impostos num momento em que "estamos apoiando a modernização da legislação, a busca de competitividade, a retomada do crescimento econômico, redução de juros, destravamento do crédito, melhor gestão governamental e combate à corrupção".
O empresário disse esperar que a fala do ministro tenha ocorrido num momento de fraqueza e que ele já tenha se arrependido. Para Skaf, um país que arrecada R$ 2 trilhões em impostos não precisa recorrer a novas altas.
"Os governos devem buscar eficiência, melhor gestão, combate à corrupção, e não buscar aumento de impostos". Skaf disse ainda que o pato estava em vigília, mas já comprou uma passagem para Brasília. "Ele estará a postos, se necessário".