Por nadedja.calado

Brasília - Mansueto de Almeida Junior, Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, afirmou nesta quarta-feira que o contingenciamento de gastos do governo deve se reduzir ao longo do ano. A abertura de capital de empresas estatais - caso o mercado de capitais continue melhorando - e um leilão de nova área do pré-sal são fatores que podem contribuir.

Mansueto disse que o governo vai propor na semana que vem, na reunião do Conselho Nacional de Política Energética, a autorização para um novo leilão da área do pré-sal, que pode render entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões aos cofres públicos. "Hoje isto está fora do orçamento", disse o secretário a jornalistas em evento do Bradesco BBI nesta quarta.

O secretário disse ainda que estatais podem ser privatizadas e, no cronograma de IPOs, mencionou a Caixa Seguridade e o IRB, empresa da área de resseguro (uma espécie de seguro do seguro, para diluir grandes riscos).

Previdência

O secretário avalia a proposta de reforma da Previdência em tramitação na Câmara como uma "revolução". Segundo ele, sem a reforma o Brasil vai gastar em 2060 cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) com pensões e aposentadorias. "Não tem nenhum país do mundo que gaste esse porcentual com Previdência", declarou.

Mansueto reconheceu que mudar as regras previdenciárias não é fácil, mas disse acreditar que, sem isso, o Brasil terá que ter aumento excessivo da carga tributária para cobrir o orçamento. "E ninguém quer aumento de imposto", finalizou.

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