Brasília - O secretário da Previdência, Marcelo Caetano, voltou a defender o estabelecimento de uma idade mínima igual para a aposentadoria de homens e mulheres e disse que a reforma da Previdência não pode tentar resolver as distorções entre gêneros. "Existem diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho, mas a Previdência é outra coisa", disse, durante debate sobre o tema promovido pela revista Istoé Dinheiro, em São Paulo.
O secretário ressaltou que as distorções que ainda existem entre os gêneros no mercado de trabalho, como a média salarial, estão cada vez menores. Além disso, Caetano baseou-se na experiência de outros países para defender a igualdade da idade mínima (65 anos) para homens e mulheres terem direito ao benefício da aposentadoria, como proposta pelo governo Temer. "É uma tendência internacional", disse.
Caetano disse ainda que a reforma enviada pelo governo ao Congresso propõe uma alta taxa de reposição salarial para os aposentados em comparação com outros países. Ele destacou que o critério é de que, quanto mais tempo o cidadão contribui, maior o valor da aposentadoria. "E como o piso da Previdência é o salário mínimo e a maioria dos trabalhadores recebe salário mínimo, a reposição integral está garantida para a maioria", disse.
Sobre o caso dos militares, o secretário ressaltou que o governo prepara uma reforma para a Previdência dessa categoria, a ser discutida após a reforma geral. Lembrou que a aposentadoria dos militares não requer uma emenda constitucional para ser reformada, apenas de um projeto de lei, que é o que está sendo preparado, segundo ele, pelo Ministério da Defesa.