Faturas de cartão de crédito podem ser mais simplificadas já no próximo ano, conforme informou o BC - Reprodução de Internet
Faturas de cartão de crédito podem ser mais simplificadas já no próximo ano, conforme informou o BCReprodução de Internet
Por MARTHA IMENES

Rio - O Banco Central e as empresas emissoras de cartões de crédito estudam uma maneira de simplificar a fatura mensal que os clientes recebem. O objetivo é reduzir a quantidade de números, por exemplo, para facilitar a compreensão do que está discriminado no documento. A medida foi bem vista pelo mercado. Para Neviton Daris, do escritório Daris, Pires e Teodoro, toda iniciativa neste sentido é sempre benéfica. As mudanças podem ser adotadas a partir de 2019.

A intenção de simplificar as faturas foi apresentada por Isaac Sidney Menezes Ferreira, diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC, durante o 12º Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento, em São Paulo, na última terça-feira.

"Estamos, em conjunto com a Associação das Empresas de Cartões de Crédito (ABecs), buscando simplificar o formato das faturas", afirmou o diretor do BC. "As faturas de cartão de crédito são muito complexas. Nós precisamos fazer com que o cidadão tome melhores decisões e entenda sua vida financeira. Isso passa por uma fatura que seja mais simples de entender".

Segundo o diretor do BC, há muitos números nas faturas enviadas para os clientes, o que pode atrapalhar a tomada de decisão.

"Estamos em tratativas para que possamos ter o melhor diagnóstico e simplificar as faturas que os consumidores recebem".

Sem omitir dados

"Contanto que não omitam nenhuma informação, a medida será benéfica ao consumidor, principalmente o que é mais simples e não está habituado a administrar as faturas", avalia a advogada Ana Carolina Rivas, especialista em Direito do Consumidor.

"Mas sem saber o que realmente querem mudar, não há como saber se será bom ou não", avalia o advogado Neviton Daris.

 

Juros do rotativo tiveram queda
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O estudo da Abecs apresenta dados sobre impacto da regra do Banco Central adotada em abril de 2017 e que restringiu a 30 dias o prazo de permanência do consumidor no crédito rotativo. A associação informou que, após a implantação da norma, a taxa média de juros do rotativo caiu para 207,1% ao ano em janeiro.
Medida que não é cumprida por alguns cartões. Cliente de um grande banco, que pediu para não ser identificada, vem pagando o valor mínimo há mais de quatro meses e todas as vezes que liga para o atendimento as informações são desencontradas.
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"Inclusive disseram que tenho que pagar o mínimo da futura para só depois pedir o parcelamento da fatura. Uma dívida de R$ 1,7 mil já está em quase R$ 3 mil", conta. E acrescenta: "Na última vez que liguei, a atendente informou que eu teria que ligar somente de dia porque o atendimento é em horário comercial".
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