Brasília - O presidente Michel Temer, em seu balanço de dois anos de governo, destacou nesta terça-feira, 15, as reformas feitas pela atual gestão, em cerimônia no Palácio do Planalto. "Começo pela modernização da lei trabalhista, que foi uma grande conquista. Os trabalhadores tiveram todos os seus direitos preservados. Isto significa menor número de ações na justiça do trabalho", afirmou. Temer enfatizou que o desemprego parou de cair e afirmou que a população ocupada no País aumenta a cada trimestre.
O presidente citou a Lei das Estatais como outra reforma, que definiu requisitos rígidos de governança para as empresas públicas. Temer citou o lucro dos bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. "As cinco maiores empresas federais deixaram um prejuízo de R$ 32 bilhões em 2015 para terem lucro de R$ 28 bilhões em 2017", enfatizou.
Apesar da Reforma da Previdência ter saído da pauta legislativa, Temer considerou que ela continua na agenda política, e deverá ser debatida nas eleições deste ano. "Se engana quem pensa que a reforma da Previdência não será realizada", completou.
O presidente afirmou ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continua emprestando recursos para o setor produtivo. "BNDES Giro liberou mais de R$ 6 bilhões para micro e pequenas empresas", afirmou.
Temer também citou que o acordo sobre os planos econômicos, que geravam disputas judiciais. "A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu um acordo depois de 24 anos", destacou.
Para o presidente, o governo fez muitas realizações em pouquíssimo tempo. "Vimos o Risco Brasil despencar e agora estamos vendo o emprego dando sinais de recuperação. Os dados do Caged mostram saldo positivo de 77 mil contratações no melhor janeiro em seis anos", afirmou. "A população ocupada aumentou em 1 milhão e 800 mil pessoas", completou.
Temer citou nominalmente todos os ex-ministros que passaram pelo seu governo nesses dois anos, além de outros cargos de alto escalão. "A responsabilidade dos novos ministros é grande, porque eles estão substituindo um time vencedor", alegou. O presidente voltou a dizer que trouxe o Legislativo para governar com o Executivo, e fez um agradecimento aos membros do Congresso Nacional.
Sobre a crise dos imigrantes venezuelanos em Roraima, ele avaliou que esse não é um problema de fronteiras, mas uma questão humanitária. "Essa é uma questão grave que vem afetando os países europeus e o Brasil está dando uma lição de solidariedade", afirmou.
Sobre Segurança Pública, Temer disse que problemas extremos demandam soluções extremas. "A intervenção federal da segurança do Rio é uma resposta extrema a um problema extremo. Já houve redução do roubo de cargas e no roubo de veículos, por exemplo", completou.